Susana de Borba completaria 40 anos neste sábado (6), mas foi morta dias antes pelo companheiro, que confessou o crime, segundo a polícia. O homem de 50 anos, conforme a delegada Liliane Pasternak Kramm, responsável pela investigação, responde pelo crime em liberdade. Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, o corpo de Susana foi encontrado na manhã de terça-feira (2), na cama do casal, em um casebre que eles ocupavam quando trabalhavam, esporadicamente, na plantação de eucalipto na Linha Conde de Porto Alegre, interior de Vista Alegre do Prata.
Inicialmente, o homem alegou à polícia que a mulher teria ingerido álcool puro associado a medicamentos - e que, assim, teria morrido por possível overdose, porém a perícia médica apontou que o corpo da vítima apresentava sinais de agressões. Conforme a delegada Liliane, o casal se relacionava há cerca de oito anos e residia em Guaporé. Em um segundo depoimento, nesta quarta-feira (3), o homem acabou confessando a autoria da morte. No entanto, teve prisão preventiva negada pela Justiça com base na condenação em segunda instância, decisão do Supremo Tribunal Federal (STJ) de que um condenado só começa a cumprir pena após o trânsito em julgado do processo (quando os recursos se esgotam, e ação é encerrada), segundo Liliane:
— Agora aguardamos outros resultados de exames feitos na necropsia para fecharmos o inquérito e encaminharmos à Justiça, mas o trabalho da Polícia Civil está feito.
Morte teria ocorrido no dia anterior
No último depoimento, o homem deu detalhes do crime, que teria sido cometido na manhã de segunda-feira (1º), mais de 24 horas antes do corpo se encontrado. O homem disse que chegou a dormir ao lado do corpo antes de comunicar a morte da companheira à polícia.
No último depoimento, ele ainda afirmou que, após uma briga, ele começou a agredi-la. Disse que a empurrou contra a parede, momento em que ela bateu a cabeça e caiu. Com ela deitada no chão, ele passou a dar socos e pontapés na mulher, batendo também com um pedaço de madeira na cabeça da vítima. Em seguida, com uma faca, ele atingiu o braço de Susana e percebeu que ela parou de reagir. O homem disse à polícia que a despiu das roupas sujas de sangue, limpou o corpo e o vestiu novamente, colocando-o sobre a cama. As roupas com sangue foram localizadas pela polícia em um matagal nos fundos da residência.