Depois de dois anos sem saber o nome ou a localização de um homem que assaltou e estuprou uma mulher que ia para o trabalho pela Avenida São Leopoldo, em Caxias, a polícia finalmente prendeu um suspeito nesta segunda-feira (5). O homem foi reconhecido por policiais caminhando pela rua em Caxias.
O assalto com estupro aconteceu no dia 17 de maio de 2018. Segundo a ocorrência, por volta das 8h40min, a vítima foi abordada por um homem moreno, alto e magro. O criminoso arrastou a mulher para um terreno baldio e a obrigou a entregar seus pertences e a tirar a roupa. As peças foram utilizadas para amarrar a vítima, que foi estuprada. Depois, o homem foi embora levando o celular e a aliança da mulher.
O suspeito foi filmado a cerca de uma quadra do local do estupro. Ele usava as roupas descritas pela vítima e foi reconhecido nas imagens. A Polícia Civil rastreou o homem até uma agência bancária, onde o suspeito tentou utilizar o cartão roubado da mulher, mas sem sucesso. A investigação também teria localizado imagens de momento antes do crime, quando o homem é visto vasculhando lixeiras — o que, na época, levou os policiais a acreditarem que ele fosse um andarilho. No entanto, as câmeras não teriam ajudado a determinar de onde o criminoso veio e para onde foi após o crime.
A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) nunca divulgou as imagens do suspeito publicamente. Foi o empenho e a memória dos policiais que levaram ao reconhecimento do suspeito.
— Desde aquela época tínhamos imagens e divulgamos internamente no serviço de inteligência. Na metade deste ano, os policiais estavam na rua e acharam um homem parecido, que foi abordado e levado à delegacia. Comparamos com as fotos e fizemos a coleta do DNA. Só tivemos a confirmação 100% pela perícia genética — aponta a delegada Carla Zanetti.
Em razão dos dois anos entre o crime e a abordagem, a própria vítima não conseguiu reconhecer o suspeito. A confirmação só foi possível graças ao exame de DNA. O homem de 47 anos, que não teve a identidade divulgada, teve a prisão preventiva decretada após a confirmação da autoria por meio de perícia genética.
O suspeito foi capturado no bairro Sagrada Família. Em depoimento, ele negou o crime. A Polícia Civil irá verificar se este suspeito pode estar envolvido em outros crimes sexuais.