A Polícia Civil aponta que o motorista de aplicativo Alan Soares da Silva, 23 anos, não atendia a uma corrida quando foi assassinado em Bento Gonçalves na noite do último domingo (2). O crime gerou manifestações de colegas da vítima sobre a insegurança na cidade. A principal linha de investigação aponta para uma execução em função da violência do crime e a arma utilizada, uma pistola calibre 9mm.
Segundo a polícia, Silva possuía registro em aplicativos de carona, mas a investigação aponta que o seu histórico não apresentou nenhum chamado no horário e local do crime. O motorista foi alvejado com diversos tiros na Rua Antônio Bonamigo, no bairro Vila Nova, por volta das 22h30min.
De acordo com o delegado Arthur Reguse, o crime não tem características de um assalto. O único relato é de uma testemunha que afirmou ter visto uma motocicleta se aproximar do Ka branco, onde estava Silva, e o piloto efetuar diversos tiros contra o motorista.
— Não existiram viagens dele naquele horário nos aplicativos. Claro, sabemos que eles (motoristas) também fazem corridas "por fora", mas não há elementos para seguir a linha de um latrocínio — conclui o delegado.
A investigação ainda apura que Silva poderia estar envolvido com uma organização criminosa na cidade. O motorista possuía antecedente policial por tráfico de drogas, porte de arma e violência doméstica, segundo a polícia.
Sobre a autoria do crime, a investigação está em andamento. O delegado Reguse afirma que o local do crime é uma área invadida e com poucas câmeras de monitoramento. Enquanto procuram testemunhas, os investigadores estão ouvindo familiares e amigos da vítima.
Leia também
Polícia Civil prende suspeito de ter atacado motorista de ônibus com facão em Caxias do Sul
Mais 15 detentos testam positivo para covid-19 na maior cadeia de Caxias do Sul
Estado vai apresentar proposta de volta às aulas na semana que vem