Uma jovem de 22 anos foi presa por volta das 21h da terça-feira (14) no bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, depois de aplicar o golpe do falso depósito. De acordo com a Brigada Militar (BM), ela usava imagens da identidade pessoal e funcional de um policial militar para praticar crimes de estelionato em São Sebastião do Caí. A prisão aconteceu em uma operação conjunta envolvendo as agências de inteligência do Vale do Cai, do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Caxias do Sul e o 36º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Farroupilha.
Ainda de acordo com a polícia, o marido da jovem ajudava nos golpes. Ele cumpre pena no Presídio Regional de Caxias do Sul, a antiga Pics. O homem, mesmo de dentro da penitenciária, articulava os golpes e a jovem efetuava compras em São Sebastião do Caí, usando os documentos do policial. Na terça, ela tentou comprar uma motocicleta com o golpe do falso depósito no Vale do Caí. A polícia teve acesso às informações e conseguiu flagrar a golpista no momento em que a entregava o dinheiro ao motorista do guincho que transportava o veículo.
Ainda em junho, o 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT) de Bento Gonçalves emitiu um alerta à população sobre golpes envolvendo nomes de policiais militares. O comunicado encaminhado a comerciantes esclarecia que golpistas ligavam ou encaminhavam mensagens de aplicativos, de dentro de presídios, solicitando recarga para celulares de supostos policiais militares. O objetivo do trote é justamente a recarga de celular. O alerta foi motivado depois que um criminoso se identificou por telefone como policial militar e solicitou a estabelecimentos comerciais de São Sebastião do Caí e de Feliz a entrega de lanches. Na ligação, o golpista também pediu para que os motoboys passassem em uma farmácia para comprar remédios e efetuar recargas de telefone celular.
A Brigada Militar afirma que nenhuma pessoa está autorizada a solicitar qualquer tipo de recurso em nome da corporação. A polícia também alerta a comunidade que os golpistas têm usado dados de policiais para que as pessoas não desconfiem na hora de negociar pelas redes sociais. É preciso conferir os dados e se o dinheiro entrou na conta antes de entregar o que foi vendido. Outro alerta é que os golpistas, geralmente, marcam as entregas para os finais de semana, à noite e em locais isolados. A BM ainda alerta que, em caso de suspeita, procure a polícia.
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