Três anos após o crime, Paulo Edson Chaves Braga responderá pelo assassinato do seu sobrinho Robin Braga Schneider, 25 anos, em Caxias do Sul. O crime foi descoberto no dia 30 de junho de 2016, quando a vítima foi executada próximo ao Arroio Tega, no loteamento Vale da Esperança. O júri está marcado para as 9h30min desta quinta-feira (12).
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), tio e sobrinho costumavam praticar crimes juntos e a desavença teria acontecido quando combinavam a divisão dos produtos destes delitos. Os dois se encontraram e seguiram com um Peugeot 307 até a Rua Adriano Norberto Mussol. Os dois desembarcaram e ingressaram em um matagal, onde Braga teria efetuado três tiros contra Schneider.
Na investigação, a Polícia Civil demonstrou que os celulares da vítima e réu estavam no local e horário do crime. Também foram colhidos depoimentos sobre a relação de tio e sobrinho. Dentro do Peugeot 306, os policiais encontraram celulares, uma televisão e um notebook, aparentemente novos e sem procedência esclarecida — o que indica serem resultado de crimes.
Em seu depoimento, Braga negou o homicídio e apontou que seu sobrinho era usuário de drogas e possuía desavenças. Sobre o dia do crime, o réu confirmou que se encontrou com a vítima, mas alegou que deixou Schneider no Centro e só ficou sabendo da morte dele horas depois. Braga não soube explicar o motivo do sinal de seu celular apontar para a região do crime.
O réu é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na denúncia, o Ministério Público ressaltou que o réu é reincidente. Braga está em prisão preventiva desde setembro de 2018.