Após cinco horas e meia de julgamento, o Tribunal do Júri apontou que Maykon Marcelino da Silva, 33 anos, é culpado pela morte da afilhada dele, Isabella Theodoro Martins, e pela tentativa de homicídio da ex-esposa, Lucilene Fonseca. Pelos crimes, ele foi sentenciado a 38 anos de prisão.
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O crime aconteceu na madrugada de 4 de novembro de 2017. Naquele dia, Silva foi até o local onde Lucilene morava, jogou líquido inflamável contra ela, que estava com a menina no colo, e, no entendimento dos jurados ateou fogo. Em depoimento, na manhã desta quinta (19), ele assumiu ter jogado o líquido mas negou ter ateado fogo. Ainda disse que não viu que a mulher estava com a criança nos braços. À época, Isabella tinha oito meses. Ela morreu dois dias depois. Lucilene teve 70% do corpo queimado, permaneceu 101 dias num hospital e foi submetida a dezenas de cirurgias.
Silva foi sentenciado a 25 anos e 4 meses pela morte da bebê e 12 anos e 8 meses pela tentativa de feminicídio contra a ex-esposa. Com o resultado do julgamento, Silva, que já estava preso preventivamente, retorna à Penitenciária Estadual na localidade do Apanhador, para o cumprimento de pena. Após a sentença, o defensor público Claudio Luiz Covatti, que representou o réu, afirma que irá avaliar se recorrerá da pena aplicada.
A sessão foi presidida pelo juiz Max Akira Senda de Brito, que assumiu a 1ª Vara Criminal no início do mês. A acusação coube do promotor de Justiça Gílson Borguedulff Medeiros.