O Presídio Estadual de Vacaria vai ganhar 40 novas vagas e a previsão é que a obrase inicie nos próximos meses. Na quarta-feira (12), uma reunião entre representantes da cidade e a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) tratou do assunto. O custo para a ampliação está estimado em aproximadamente R$ 800 mil.
O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) é o responsável pela contratação da obra e, segundo o presidente Naclides Pagno, já existe sinalização de R$ 600 mil. Metade do valor virá do Poder Judiciário e a outra metade da Câmara de Vereadores, que devolveu ao município dinheiro não utilizado do orçamento próprio com a definição de que deveria ser aplicado na ampliação do presídio. O restante deve ser buscado em outros municípios dos Campos de Cima da Serra e que também utilizam a casa prisional.
Conforme Pagno, a empresa que fará a obra já foi contratada. No entanto, ele diz que será necessária uma adaptação no projeto desenvolvido pela Susepe, porque o prédio não poderá mais ser erguido em tijolos e, sim, em blocos de concreto. Depois que esta etapa for vencida, o presidente do Consepro avalia que a obra poderá começar. A previsão dele é que isso ocorra em 60 dias.
O presídio de Vacaria está superlotado e continuará assim mesmo com a ampliação. A capacidade de engenharia é de 96 presos, mas são 330 detentos no local. Isso significa que as 40 novas vagas não farão com que o prédio tenha sequer metade da necessidade atual. Mesmo assim, a obra é vista como importante para a região. O delegado regional Carlos Aberto Defaveri, que faz parte da mobilização pela ampliação, conta que o trabalho de busca do investimento se iniciou há três anos. Para ele, ampliação é importante até mesmo para evitar que presos tenham de ficar em viaturas devido à superlotação do presídio, como já ocorreu na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O superintendente da Susepe, César Veiga, salienta que a parceria com o poder público municipal e com o Judiciário facilita a realização da obra, já que a situação fiscal do Estado é complicada.