O reforço de policiais civis na Serra, decorrente da formatura de 412 novos servidores que ocorreu nesta segunda-feira (8), contemplará plantões e delegacias. A Serra receberá 27 novos servidores até o dia 15 e os policiais serão distribuídos entre Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Gramado, Vacaria, Ipê e Esmeralda. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade da Rádio Gaúcha na manhã desta terça (9), o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior afirmou que a estratégia de distribuição dos novos policiais civis no Estado levará em conta as cidades com maiores índices de crimes.
— Deverão ser lotados, preferencialmente, nos locais onde os indicadores de criminalidade estão com maior potencial; onde há mais homicídios e latrocínios, que são os roubos com morte — explica.
Segundo Ranolfo, com a incorporação de dois mil novos PMs que estão concluindo o curso de formação em todo o Estado a partir de agosto, a expectativa é que ocorram mais flagrantes de crimes com o policiamento ostensivo reforçado nas ruas. Com isso, será reforçado também o efetivo das Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPAs). Parte dos novos agentes também será destinada a delegacias no Estado que, segundo Ranolfo, não têm nenhum policial lotado. Quem atende nessas unidades atualmente são agentes de outras cidades próximas que cumprem turnos parciais nessas delegacias.
Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 4.929 policiais civis, sem contar os 412 novos; o quadro legal, no entanto, prevê 9,6 mil.
— Nunca chegamos perto desse número. O maior efetivo que tivemos até hoje foi durante o governo de Amaral de Sousa (1979-1983), quando o Estado teve 6,6 mil policiais civis — lembra Ranolfo.
A defasagem de efetivo ocorre porque a reposição é lenta e não acompanha o ritmo de aposentadorias dos servidores. O Rio Grande do Sul tem ainda 800 candidatos a policial civil aprovados em concurso, fora os 412 chamados, mas não há previsão de novas nomeações no momento por conta da situação financeira do Estado.
— Pretendemos definir até final de agosto ou início de setembro o calendário de chamamento. Vai depender da condição fiscal do Estado, o que teremos que analisar junto com as secretarias da Fazenda e do Planejamento. Não temos condições no momento de afirmar que poderemos chamar ainda neste ano — afirma o vice-governador.
Como o atual concurso segue dentro do período de validade, Ranolfo afirma que não há previsão no momento de lançamento de um novo concurso público.