Atenta a variação nos números de crimes em Caxias do Sul, a Brigada Militar anunciou nesta segunda-feira (6) a Operação Cavalo de Aço para combater o furto de veículos. A estratégia é mobilizar os agentes das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) para atuar nos horários e locais com mais incidência deste tipo de delito.
A elevação dos furtos foi percebida nas últimas duas semanas, conforme análise do programa Avante. Ainda assim, o quadrimestre terminou com uma redução de 7% neste delito na comparação com o mesmo período de 2018. O objetivo do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) é retomar a curva descendente nas estatísticas.
A Operação Cavalo de Aço prosseguirá por tempo indeterminado.
Pioneiro: Por que a operação?
Major Emerson Ubirajara: Nas últimas duas semanas, por meio da nossa análise criminal, vimos que o furto de veículos está em elevação. Fizemos o georreferenciamento das áreas e os horários de maior incidência e preparamos esta operação. Não é um crescimento muito grande, é quase 8%, mas trabalhamos dentro da prevenção. Cresceu um pouco, acendemos a luz amarela e preparamos uma medida preventiva para que esta elevação não ultrapasse a meta (de redução nas estatísticas) estabelecida pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Que tipos de furtos são esses?
É aquela situação em que a pessoa estaciona o veículo e, quando volta, não encontra mais. Os carros mais visados são os mais antigos, da década de 1990, que permitem a utilização da chave mixa (pelos criminosos). Entre os 10 mais roubados estão estes, principalmente Uno, Corsa e Gol. Cerca de 45% dos furtos acontecem na área central, ou seja, o Centro e bairros adjacentes.
O foco deste pelotão estará apenas nos furtos?
O furto de delito é o único em elevação. Mas, esta saturação de área acaba inibindo outros delitos, como roubos de veículo e a pedestre. É uma inquietação que faremos.
Por que a escolha pela Rocam?
O pelotão de motocicletas é uma forma de policiamento que dá agilidade e mobilidade, principalmente nos grandes centros onde há muita circulação de veículos. Por conseguir chegar primeiro nas ocorrências e rodar em vários locais, como becos, é uma ferramenta essencial. É uma visão no Brasil inteiro e estamos procurando fazer o resgate deste pelotão, até algum tipo de investimento a médio prazo, como adquirir motocicletas mais potentes, para tornar o policiamento ostensivo cada vez melhor.