
A inauguração da Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves prevista para meados de abril vai ficar para o mês que vem. A informação é da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Esta é a terceira previsão de data desde que a obra começou no início de maio do ano passado.
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Inicialmente, a conclusão estava prevista para o final de janeiro de 2019, conforme cronograma físico-financeiro estabelecido em contrato com a empreiteira, a Verdi Sistemas Construtivos Ltda, com sede em Ivoti. Porém, antes que o tempo expirasse, a construtora pediu prorrogação de 60 dias para entrega da obra, o que estendeu o prazo para abril. A nova data coincidiria com a formatura dos 127 novos agentes penitenciários que, em parte (cerca de 80), atuarão no local. A formatura está marcada para o dia 17 – a penitenciária receberá também, de forma gradativa, os atuais 30 servidores.
Com a parte estrutural do prédio praticamente pronta, desta vez, é a instalação de energia elétrica que estaria faltando para dar andamento à abertura da nova casa prisional, de acordo com a Susepe.
Já a assessoria de imprensa da RGE informou que a Susepe fez o pedido de ligação de uma subestação particular da penitenciária. Mas, para isso, conforme a concessionária, é necessária obra em via pública na rede de média tensão. Em janeiro deste ano, a RGE enviou à Susepe o termo para a execução da obra contendo descritivo técnico e orçamento, a partir da solicitação protocolada pela superintendência. Na prática, a Susepe pode optar por realizar a obra com uma empresa contratada ou deixá-la a cargo da RGE. Ainda segundo a RGE, a Susepe perdeu o primeiro prazo para a manifestação da sua intenção, que venceu em 22 de março. No dia 25 de março, o órgão pediu um novo orçamento. A RGE enviou o documento na manhã da última quarta-feira. A partir disso, a distribuidora volta a aguardar manifestação da Susepe sobre de que forma pretende executar a obra.
Só depois da ligação de luz, a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) fará a instalação da rede de internet do prédio. Parte dos móveis já teriam sido adquiridos. Os uniformes dos agentes também, diz a Susepe.
A estrutura, que abrigará 420 detentos (apenas presos do regime fechado) em 48 celas, é composta por 18 prédios interligados que custarão, ao final, cerca de R$ 31 milhões. Além das duas galerias com 48 celas, o projeto prevê ambulatório, lavanderia, cozinha industrial, prédio administrativo e um pavilhão para receber as visitas.
Os apenados dos regimes aberto e semiaberto ou serão transferidos para outros estabelecimentos de semiaberto da região ou serão monitorados eletronicamente por tornozeleira. Isso deve ocorrer de forma concomitante à abertura da nova casa.