As defesas dos policiais militares envolvidos na morte de Lucas Cousandier, ocorrida em 4 de fevereiro de 2016, pretendem recorrer às sentenças. O julgamento teve desfecho na noite de terça-feira (19), no Fórum de Caxias do Sul.
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Emerson Tomazoni foi condenado a 11 anos, seis meses e 10 dias de reclusão em regime fechado pelo homicídio e crimes conexos. Gabriel Modesto Ceconi foi condenado apenas pelo abuso de autoridade, mas a pena já foi cumprida em razão dos três anos de prisão preventiva. Devilson Soares recebeu condenação de cinco anos pela denunciação caluniosa e porte ilegal de arma de fogo e cumprirá a sentença em regime aberto.
A defesa de Tomazoni diz que vai entrar com recurso em decorrência da pena, pois o conselho decidiu que ele era culpado por uma ação que aconteceu em segundos, mas não culpou o motorista que fugiu por cerca de 10 minutos. Ainda diz que o policial aceita a decisão, mas, mesmo assim, vai recorrer da pena.
Já o defensor de Soares alega que a conduta dele e Ceconi foi a mesma, mas as penas foram diferentes. Ainda avalia entrar com recurso sobre a denunciação caluniosa.
No caso de Ceconi, a defesa diz que vai recorrer sobre a perda da função e a suspensão de outras atividades públicas (por dois anos). Ele foi absolvido dos crimes dolosos e condenado apenas por abuso de autoridade. Entendem que, por isso, não é legal perder o cargo. No restante não vão interferir, porque a prisão provisória já absolveu o tempo de pena.
Relembre
O crime ocorreu na madrugada de 4 de fevereiro de 2016, quando três jovens que tripulavam um Ka vindos de Bento Gonçalves não atenderam à ordem de parada dos policiais no bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul. Seguiu-se uma perseguição policial que resultou na morte de um deles - Lucas Raffainer Cousandier, à época com 19 anos - baleado na cabeça.
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