O Tribunal do Júri de Caxias do Sul julga mais uma execução que fez parte da Operação Sepultura, que combateu uma disputa sangrenta pelo tráfico de drogas no bairro Euzébio Beltrão de Queiroz entre agosto de 2015 e maio de 2016. Desta vez, quem senta no bando dos réus é Fabiano da Silva Godoi e Jonathan Pereira Jesus. Eles são acusados do assassinato de Gedson Pires Braga, o Cavernoso, meses após a sua morte, foi apontado como o autor da morte da menina Ana Clara Adami, 11 anos, em julho de 2015.
O Ministério Público (MP) também denunciou Luciano da Silva de Godói, que é irmão de Fabiano, pela execução de Braga. Como estava foragido na época das audiências, Luciano responde a um processo em separado.
Leia mais:
Apontado como líder do tráfico é condenado a 32 anos por homicídio em Caxias do Sul
Brigada prende casal apontado como líder do tráfico no Beltrão de Queiróz
Prisão de dois homens pode estancar sequência de oito assassinatos em Caxias
Conforme a sentença de pronúncia, o crime ocorreu na Rua Henrique Cia na madrugada do dia 16 de agosto de 2015. Na ocasião, os três denunciados e um adolescente preparam uma emboscada e mataram Braga com diversos tiros.
Os criminosos também atiraram contra João Vitor Santos da Silva, o Vitinho, na época com 15 anos, que conseguiu correr e sobreviver ao ataque. O adolescente acabaria sendo assassinado em 16 de fevereiro de 2016. Antes de ser morto, João Vitor prestou depoimento à Delegacia de Homicídios e reconheceu os denunciados como autores da morte de Braga.
Operação Sepultura
Conforme a investigação da Operação Sepultura, o conflito armado pelo controle da venda de drogas resultou em oito assassinatos. Na época, o grupo liderado por Eduardo Junior da Rosa, conhecido como Foguinho, e Luciano da Silva de Godoi, o Lucianinho, desafiou o bando chefiado por Robson Luis Fiorentina Neto, que, na época, gerenciava a venda de entorpecentes na região.