Um detento em prisão domiciliar foi indiciado pelo assassinato de Alexandre Rodrigues da Silva, 46 anos, ocorrido em Caxias do Sul no dia 8 de julho. O crime aconteceu dentro de uma residência do bairro Jardelino Ramos, durante uma discussão. O apenado, que é considerado foragido desde o dia 11, também é o principal suspeito da morte de Antônio Valdecir Ribeiro, 45, igualmente a golpes de faca, cerca de uma hora após o primeiro crime. Como esse segundo homicídio segue em investigação, a identidade do indiciado não é divulgada.
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Conforme a investigação, o detento de 33 anos estava na casa de um primo com a vítima e outras duas pessoas. O proprietário havia saído, quando o investigado teria se irritado e expulsado as demais pessoas da casa.
— Ele teria dito que não queria ver mais ninguém ali e, quando essas pessoas saíam, atacou o Alexandre com diversos golpes de faca. Por isso, foi indiciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima — aponta o delegado de Homicídios, Rodrigo Kegler Duarte.
Inicialmente, a Polícia Civil tinha informações que a casa seria utilizada para consumo de drogas, o que não ficou comprovado. Nenhuma das testemunhas relatou a presença ou uso de entorpecentes. As versões, contudo, apontam que o acusado estava bastante agressivo, o que corrobora a suspeita de que o preso domiciliar tenha cometido o segundo assassinato na sequência.
— Estava bastante descontrolado e, assim, pode ter saído, encontrado esse seu outro desafeto e perpetrado o fato (segundo homicídio). Não encontramos nenhuma relação (entre os assassinatos), além do suspeito. São casos diferentes. Ele saiu da casa do primo e pode ter praticado outro evento, pois as informações são que esta segunda vítima (Ribeiro) possuía um desentendimento anterior com ele — explica o delegado Duarte.
O chefe da Homicídios, porém, ressalta que o assassinato de Ribeiro segue em aberto. A Polícia Civil ainda não encontrou nenhuma testemunha ocular do ocorrido na Rua Luís Cecconello, também no Jardelino Ramos. Após as duas mortes, o apenado — que tem uma extensa ficha criminal por crimes de roubo e furto — descumpriu os termos da prisão domiciliar e é considerado foragido desde o dia 11. Dois dias depois, ele teve a prisão preventiva decretada pelo homicídio de Alexandre.