Seis anos após o crime, Samuel Silva de Oliveira será julgado pelo homicídio qualificado de Marcelo Correa Ribeiro em Caxias do Sul. O Tribunal do Júri está marcado para as 9h30min desta terça-feira. O assassinato teria sido motivado por uma dívida de drogas e teria desencadeado outros dois homicídios por vingança.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Marcelo seria usuário de entorpecentes e estaria em dívida com Airton Pinheiro da Silva. Foi por isso que, na noite de 7 de dezembro de 2012, Oliveira o alvejou em via pública no Loteamento Tijucas. Mesmo baleada na perna, a vítima conseguiu fugir e buscar refúgio na casa de um vizinho.
Oliveira, então, teria ido até um bar para buscar Airton. Juntos em um veículo Tipo branco, a dupla encontrou o refúgio, invadiu a moradia, arrombou a porta do banheiro onde Marcelo se escondia e executou o desafeto a tiros.
Nesta manhã, o Tribunal do Júri também irá julgar Davino Henrique da Silva Teles que, logo após a execução de Marcelo, tentou vingança contra Airton. Após ouvir os tiros da morte do amigo, Teles teria saído na via pública e atirado contra o Tipo branco, atingindo o pneu do automóvel. Airton teria prosseguido sua fuga a pé e foi perseguido por Teles, que atirou novamente, mas não atingiu o desafeto.
Assassinato motivou outras duas mortes
Apesar de ter escapado da primeira tentativa de vingança, Airton ainda seria morto pelo homicídio de Marcelo. O crime ocorreu no dia 6 de junho de 2015, no bairro Marechal Floriano, quando Marcos Correa Ribeiro Júnior, irmão da primeira vítima, atirou diversas vezes contra Airton.
Por este segundo assassinato, Marcos foi denunciado pelo MP e respondia em liberdade. Em 20 de setembro de 2016, o crime foi reconstituído atendendo pedido da defesa. A suspeita é que a diligência tenha exposto o réu, porque, naquela noite, Marcos foi executado a tiros no bairro Desvio Rizzo e se tornou a 100ª vítima da violência daquele ano. Este terceiro assassinato segue em investigação pela Delegacia de Homicídios.