O candidato Adiló Didomenico (PSDB) concedeu entrevista à rádio Gaúcha na tarde deste domingo de eleições e destacou como foram os últimos momentos de campanha e o que pretende a partir do resultado do segundo turno, caso seja eleito. Confira os principais trechos da entrevista conduzida pelas jornalistas Andressa Xavier, Kelly Matos e Babiana Mugnol:
Caxias passou por momentos de incerteza, com impeachment do último prefeito. Como garantir a estabilidade se o senhor for eleito?
O grande problema do prefeito que foi cassado é que ele se isolou da sociedade. Ele conseguiu brigar com todos os segmentos, especialmente o Legislativo. O último episódio foi conseguir brigar com os padres capuchinhos, proibindo a benção de Natal que é tradicional em Caxias, uma cidade de paz e harmonia, onde todo mundo pega junto. Faltou experiência. Ele tinha bons propósitos, ideias, patrimônio político invejável, mas foi desgastando por se fechar em um gabinete. Caxias é uma cidade da paz.
Quando o senhor falar em retomada da paz, eu pergunto sobre o pós-eleições, o senhor pretende dialogar com seu adversário?
Nós temos mantido uma campanha propositiva em alto nível, respeitando o adversário, que tem todo um histórico político. A partir de amanhã, temos que deixar de lado os partidos políticos e nos unir com todas as pessoas que querem o bem para Caxias. Eu moro aqui há 50 anos. Nunca vi uma cidade tão para baixo.
Quais serão as primeiras ações se eleito? Quanto deve conversar com o prefeito para a transição?
Sem ser esta semana agora, que seguramente precisamos nos organizar, e dar o encerramento da campanha, com prestação de contas, e todo o rescaldo típico, vamos iniciar a transição. Caso não aconteça, mesmo não eleito, vamos continuar trabalhando por Caxias, pois eu nunca me afastei dela. É uma obrigação como caxiense. Seguramente, muitas ideias que temos nós levaremos. Quando o prefeito Daniel Guerra assumiu, levei ideia duas vezes, mas nunca tivemos abertura nenhuma.
Com relação ao Rio Grande do Sul em vermelho com pandemia, quais serão sua atitudes?
Vamos trabalhar muito forte em uma campanha de conscientização. Desde que começou a pandemia, como vereador, prego a abertura gradual e sugeri ao comitê de crise para adotar máscara e álcool gel, quando nem se usava ainda. Não adianta fechar a economia, precisamos redobrar os cuidados, principalmente agora que os números se agravaram. Compreendemos que a população cansou, mas precisamos nos cuidar e cuidar dos outros.
Qual o sentimento nestes últimos momentos de votação no domingo?
Sentimento de que Caxias volte a ser aquela cidade que abre os braços e acolhe todos aqueles que têm propósitos bons, que querem construir, empreender, gerar empregos. Eu sou produto disso. Eu devo muito à cidade, fantástica, de gente trabalhadora, cidade que tem condições de retomada com muita rapidez, com planta de educação e tecnologia com faculdades. O turismo aqui na volta está pulsando, menos em Caxias. A construção civil tem capacidade de gerar empregos muito rápido. Só precisamos dar as condições...
Como será a comemoração com pandemia se o senhor vencer?
Nós estamos recomendando ao nosso pessoal que, mesmo ganhando, não queremos festa em função da pandemia, que está muito agravada. Evidentemente que é muito difícil de controlar.