O candidato a prefeito de Caxias do Sul Pepe Vargas (PT) reagiu ao ser questionado pela Rádio Gaúcha Serra sobre possíveis prejuízos políticos por ter adotado, em abril de 2018, o nome Pepe de Lula Vargas em apoio ao ex-presidente Lula. Disse que essa pergunta deveria ser feita também a quem apoia Aécio Neves (PSDB), Eduardo Cunha (MDB) e Geddel Vieira Lima (MDB), porque a maior parte dos partidos teve problemas e pessoas indiciadas pela Lava-Jato, e não apenas o PT. A entrevista foi realizada nesta quinta-feira (05).
Ocorre que os demais não vincularam o nome a nenhum desses políticos, diferentemente do que fez Pepe quando era deputado federal, numa decisão conjunta da bancada na Câmara dos Deputados. Ele evitou responder sobre prejuízo político, que sabe bem que tem em função dessa relação com o ex-presidente.
O desgaste com o bombardeio que viria dos antipetistas era previsível. E desde então as redes sociais dão lugar a muitas manifestações contra a atitude, munindo adversários.
Pepe prosseguiu dizendo que tem uma vida pública limpa, que não foi indiciado pela Lava-Jato. E lembrou do caso dos 99% (reajuste no salário dos vereadores da legislatura 1989/1992), dizendo que foi o único processo que respondeu e foi absolvido, tendo sido o único vereador a não aceitar a incorporação do percentual. Porém, nesta quinta-feira, no horário eleitoral na TV, Marcelo Slaviero, do partido Novo, falou em "projeto da corrupção e dos desmandos" e mostrou a foto de Pepe.
Ou seja, a imagem do petista é vinculada aos episódios envolvendo seu partido e que resultaram na prisão de seu principal líder.
– Foi um movimento que fizemos no sentido de dizer que todo cidadão que sofre alguma acusação tem que ter direito ao devido processo legal, coisa que não estava sendo garantida a ele (Lula) naquele momento – justificou o candidato sobre o nome Pepe de Lula Vargas.
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