A explosão que causou a morte de um homem em posto de Caxias do Sul ainda precisa ser investigada em vários aspectos. Com o resultado do laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), a polícia investigará as causas da explosão para falar com testemunhas. A fiscalização da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia também apura as causas do acidente e as possíveis responsabilidades.
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Vanius Corte, gerente regional da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, diz que já existem suspeitas do que pode ter acontecido no posto, mas somente investigação dirá exatamente o que ocorreu:
— Temos suspeitas, mas somente indo até o local e investigando para saber com certeza. Essa atividade estava sendo realizada em uma área de risco, em espaço confinado. Toda vez que uma atividade é exercida em espaço confinado, uma série de medidas de proteção devem ser tomadas. Não pode ser realizado por uma pessoa sozinha, tem que ter uma equipe bem treinada, por exemplo. Essa equipe precisa ter um treinamento, algumas vezes esse treinamento pode durar até 40 horas. A equipe também precisa usar equipamentos de proteção específico. Tem que haver, inclusive, o isolamento dessa área. Nesse caso do posto, ainda tinha atmosfera explosiva, ou seja, qualquer coisa poderia detonar uma explosão.
O posto da rede Sim da Rua João Nichelle, no bairro Sanvitto, passa por reformas e, segundo Vanius, as obras no local podem ter contribuído para a explosão. No entanto, reforça que uma posição final só sairá após uma investigação mais completa.
— Imagina a situação: eles (os funcionários terceirizados) estão em uma atmosfera explosiva, em uma ambiente com gás e que a qualquer momento pode ocorrer uma explosão, aí tem um funcionário com um maçarico próximo, uma pessoa reformando um telhado e que gere algum tipo de faísca, isso pode ocasionar uma explosão. Então ela pode ter sido causada no próprio local ou por alguma atividade externa que contribuiu para isso. Se foi isso, a falha é muito grande. Tudo isso vamos investigar a partir de agora — explica.
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A Secretaria do Trabalho vai trocar informações com o IGP nesse processo de investigação, segundo Vanius. Ele ainda adianta que o objetivo da Secretaria é entender o que aconteceu para evitar que novos acidentes ocorram.
— Havendo responsabilidade da empresa ou das empresas envolvidas, existe uma repercussão no âmbito civil, penal, tributário, previdenciário. Se responsável por um acidente de trabalho, por desrespeito às normas, que é o que geralmente acontece em situações graves como essa, que envolvem uma morte, o responsabilizado sofre com consequências são graves. E elas têm que ser graves mesmo, isso não é fatalidade. Se o descumprimento das normas é o que causou a morte, é crime — explica.