A ex-secretária municipal de Esporte e Lazer, Márcia Rohr da Cruz, enviou nota revidando os posicionamentos do vereador Rafael Bueno (PDT), em função da prestação de serviço comunitário. Conforme postagem em suas redes sociais com fotos em que ele busca comprovar que realizou o trabalho, o vereador escreveu: "Aceitei parar o processo e realizar os serviços comunitários, até porque acho que o Judiciário tem mais com o que se preocupar, mais demandas importantes para atender".
Leia mais
Vereador publica fotos para comprovar serviço comunitário
Mirante: vereador terá que prestar serviço comunitário
Vereador diz que fará serviço comunitário no recesso
A realização do trabalho, na verdade, é resultante de transação penal, de 26 de novembro, acordo feito para que não responda a processo criminal.
Márcia acusou Bueno de perturbação do sossego, devido a ligações e mensagens deixadas em seu celular funcional quando era titular da Smel. Ela permaneceu no cargo de janeiro a julho de 2017, deixando a função devido às declarações em que se referiu ao Fiesporte como "imundícia".
"É a terceira vez que leio que ele diz que não quis dar sequência ao processo. Ele é réu, e nesta condição ele não define se o processo segue ou não. A mim foi solicitado se seguiria com o processo e respondi que sim. A ele somente foi questionado se queria pagar multa ou prestar serviço comunitário. Por isso, a sentença foi prestação de serviço comunitário", reagiu Márcia.
A situação segue tensa e pode ter novos desdobramentos.
Providências
A ex-titular da Smel acrescentou que o Judiciário já tem ciência de que Rafael Bueno “anda tentando distorcer o procedimento e providências já foram tomadas. Inclusive terá consequências”.
Ela destaca que o vereador já trocou três vezes o motivo pelos quais ligou e enviou mensagens.
"Já tenho a relação de todas as chamadas recebidas durante o período que fui secretária, no celular funcional, onde não consta o que ele acusa. O que houve está em ata registrada em cartório. Ele terá que apresentar ao Judiciário prova de que efetuou estas tentativas de contato".
Na primeira declaração ao Mirante sobre o fato, o vereador disse que ligou mais de 40 vezes em dois dias, das 6h à meia-noite, para a então secretária e não foi atendido. Depois, enviou cópia da ocorrência policial feita por Márcia, mostrando que foram cinco as ligações efetuadas, nos dias 14 e 15 de julho de 2017.
Leia também
Após derrotas eleitorais, crise aflora no PDT de Caxias do Sul
Vereadores iniciam primeiras articulações de impeachment do prefeito de Caxias do Sul