A morte do jornalista Paulo Renato Marques Cancian, um dos mais atuantes profissionais da imprensa de Caxias do Sul desde o final da década de 1960, repercute em diversas áreas. Ele estava internado no Hospital Geral e morreu nesta quinta-feira, aos 67 anos.
O governador José Ivo Sartori e a mulher, Maria Helena Sartori, divulgaram uma nota de pesar:
"É com muito pesar que recebemos a notícia do falecimento do jornalista, comunicador e amigo Paulo Renato Marques Cancian. Uma figura marcante da imprensa caxiense e gaúcha, que registrou em meios impressos, televisionados, digitais e em passagens pelo rádio a história de Caxias do Sul, da região da Serra e seu cotidiano. Um homem íntegro, simples, sereno e forte no enfrentamento das dificuldades que a vida lhe impôs. Tivemos a oportunidade de conviver com Cancian, que foi presidente do Diretório Acadêmico de Filosofia, Ciências e Letras. Nos conhecemos ainda na década de 70. Aos familiares e amigos o nosso abraço e conforto. A sociedade gaúcha reconhece o legado de Cancian."
O prefeito Daniel Guerra (PRB) também emitiu nota sobre a morte do jornalista:
"O chefe do Executivo manifesta solidariedade aos familiares e amigos deste profissional que se dedicou por anos à imprensa caxiense. Cancian trabalhou por quase 50 anos em diversos veículos de comunicação de Caxias do Sul, entre eles: Rádio Caxias, antiga TV Caxias – Canal 8, Jornal do Comércio, Correio Riograndense, Folha de Hoje, Jornal de Caxias, Jornal Pioneiro e Jornal Tempo Todo. Além disso, também atuou em veículos de repercussão estadual e nacional, como Zero Hora e Jornal do Brasil. Em sua trajetória jornalística, ainda constam coberturas internacionais de fatos importantes para Caxias do Sul, como competições mundiais de futebol e excursões do Esporte Clube Juventude. Durante sua carreira, Cancian também atuou como jornalista na Prefeitura de Caxias do Sul e também na Câmara de Vereadores. Atualmente, era membro do Conselho Superior da Associação Riograndense de Imprensa – Seccional Serra Gaúcha (ARI Serra Gaúcha). Como homenagem aos anos de trabalho na imprensa, o jornalista recebeu a Medalha de Mérito Universitário outorgada pela Universidade Caxias do Sul (UCS) e o Título de Cidadão Caxiense conferido pelo Poder Legislativo."
Em nota, a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul também lamentou a morte de Cancian:
"Hoje é um dia bastante triste para a Comunicação Social de Caxias do Sul. Perdemos um profissional da mais alta competência, que deixa um importante legado ao fazer e empreender no jornalismo de forma séria, ética e inovadora. Fica a lembrança de uma pessoa de grande carisma, admirada por seus colegas de profissão e de inteira dedicação à comunidade. Paulo Cancian marcou época e fez história na comunicação de Caxias do Sul. Nossos sentimentos à família e a seus muitos amigos."
O documento emitido pela Câmara de Vereadores:
"A Câmara Municipal de Caxias do Sul, com pesar, lamenta a morte do Cidadão Caxiense Paulo Renato Marques Cancian. Ele faleceu nesta quinta-feira (20/12), aos 67 anos, no Hospital Geral, onde estava internado para tratamento de complicações de uma infecção por diabetes. Ao longo de 2017, chefiou a Assessoria de Comunicação Social do Legislativo caxiense. Deixa a mulher, Justina Inês de Farias Cancian, a filha, Tassiana de Paula Cancian Fragoso, e os netos, Gabriel, João Guilherme e Davi. Nascido em Passo Fundo, em 1º de maio de 1951, Cancian recebeu o título de Cidadão Caxiense da Câmara, em 10 de abril de 2012, por iniciativa do ex-vereador Vinicius Ribeiro. Em anos anteriores, havia assessorado o ex-vice-prefeito Antônio Feldmann. Dirigiu o Jornal Tempo Todo. Em 1969, ingressou na Rádio Caxias, como locutor noticiarista. Atuou como repórter e redator nas rádios Difusora Caxiense e São Francisco. Exerceu a função de comentarista esportivo na RBS TV, Rádio São Francisco, TV Guaíba, UCS TV, Rádio Universidade FM e Rádio Caxias AM. Na década de 1980, participou da implantação do jornal Pioneiro diário e foi o seu editor e diretor.
Fez parte do mensário Coojornal, periódico que circulou entre 1975 e 1982 e se caracterizou pela valorização da reportagem, durante a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Era editado pela Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre.
Em 1993, contribuiu com a implantação do semanário Correio de Farroupilha. Em 1998, assumiu a Coordenação de Comunicação Social da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e acumulou a direção da UCS TV. Participou da luta pela concessão das Rádios FM Educativas da UCS, em Vacaria, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, além da Rádio Comunitária da Universidade, que presidiu até 2010. Também foi presidente do Diretório Acadêmico PIO XII da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UCS, delegado local do Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul. Na Festa da Uva, atuou como vice-presidente de comunicação da Comissão Comunitária, nos anos de 1998, 2000 e 2010, e como assessor especial da Presidência para Assuntos de Comunicação da Festa da Uva 2012. Na edição de 2016, responsabilizou-se pela Assessoria de Comunicação da Festa."
Maurício Gravina, advogado, diretor jurídico da CIC:
"Interagi muito com o Paulo durante 30 anos e enquanto diretor jurídico da CIC em muitas situações. Sempre era recebido por ele com um sorriso, com carinho e gentileza. Deixa como legado o amor pelo que fazia e pelas pessoas, a dedicação e a paixão pelo jornalismo".