Uma reunião na manhã desta quarta-feira (2), na Câmara de Vereadores de Caxias, definiu como funcionará a campanha que busca coibir o consumo de bebidas alcoólicas entre jovens do município.
De acordo com Marjorie Sasset, coordenadora do Conselho Tutelar da Macrorregião Sul, foram formadas duas comissões para tentar conscientizar a população sobre o problema. Uma delas vai organizar e elaborar um material informativo para ser repassado para as famílias e profissionais que trabalham com adolescentes; e a outra vai criar um protocolo a ser seguido pelas escolas da rede pública.
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— Será um protocolo de conduta para as instituições. Por exemplo, o que fazer se o adolescente entrou com bebida ou outra droga na instituição? Qual é o fluxo legal que tem que adotar? Chamar as forças de segurança, os pais ou notificar o Conselho? Essas situações chegam muito às escolas, que às vezes não sabem como conduzir — aponta Marjorie.
Já o material informativo para pais e profissionais focará em como tratar da questão no contato com os jovens.
Participam da iniciativa idealizada pelo Conselho Tutelar representantes da área da segurança pública, dos governos municipal e estadual, do Ministério Público e do poder judiciário, entre outras entidades. A próxima reunião do grupo de trabalho está marcada para o dia 28 de maio, quando os materiais já devem estar prontos.
A atividade vai culminar com uma campanha dos dias 9 a 13 de julho, data em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 28 anos.
— A gente, como órgão de proteção, acredita que no momento em que houver a conscientização de que o menor de idade não pode comprar, que o consumo de bebida nessa idade traz danos emocionais e sociais, o problema vai reduzir muito — declara a conselheira.
O grupo também estuda meios de alcançar os próprios adolescentes. Está em discussão a promoção de atividades diferenciadas nas escolas, como palestras e apresentações de teatro, por exemplo.
Paralelamente, segue a cobrança pela fiscalização pelo poder público a estabelecimentos que vendem bebidas para menores.
— Isso foi muito levantado pelas forças de segurança. No momento que um estabelecimento é penalizado, os outros começam a ficar de olho. Tem que trabalhar também esse viés — define Marjorie.