A biometria facial, implantada em 12 dos 342 ônibus da frota do transporte coletivo de Caxias do Sul, registrou 40 irregularidades em cerca de cinco horas de fiscalização. Os flagrantes foram registrados na manhã desta segunda-feira, quando o sistema entrou em vigor de forma definitiva. A partir de agora, quem utilizar o cartão para outra pessoa terá a gratuidade ou desconto suspenso por um ano.
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— É por isso que a tarifa é cara. Falam em rever gratuidades ou acabar com passe livre no domingo, mas deveríamos acabar com as irregularidades na gratuidade — comenta o secretário de Trânsito de Caxias, Cristiano de Abreu Soares.
O sistema identifica os passageiros por meio de fotos assim que ele passa o cartão do benefício na catraca. As imagens são cruzadas com as existentes no cadastro. Caso haja inconsistência, o sistema acusa. Ainda assim, os apontamentos do software são revisados por um funcionário da Visate, que opera o transporte coletivo na cidade. Dessa forma, se minimiza o risco de eventuais falhas. Como a validação é necessária, o bloqueio não ocorre de forma automática.
Conforme Soares, a iniciativa partiu da própria empresa e depende dela ampliar os equipamentos na frota.
— É um investimento alto, que não queremos que pese na tarifa, mas os equipamentos podem sofrer rodízio — avalia.
A biometria facial está em teste deste setembro, quando flagrou 1,07 mil inconsistências. Em outubro, foram outras 1,6 mil. Esses casos, porém, não serão penalizados porque o equipamento estava em teste.