A Operação No Suerte é a primeira sobre lavagem de dinheiro referente a caça-níqueis no Rio Grande do Sul. Chefiada pela 8ª Delegacia Regional, a investigação mapeou quatro grupos criminosos que movimentaram mais de R$ 10 milhões nos últimos 18 meses em Caxias do Sul. A ação policial vai além da busca e apreensão das máquinas, que não estava inibindo a exploração de jogos de azar.
— Fomos pela lavagem (de dinheiro) para descapitalizar estes grupos. É um trabalho que continuará sendo feito. Iremos constatar quais bens foram adquiridos em decorrência da prática criminosa. O foco deles é o dinheiro fácil, e a nossa resposta está sendo a altura — explica o delegado regional Paulo Roberto Rosa da Silva.
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A ação policial da manhã desta quinta-feira tinha por objetivo a apreensão de documentos de contabilidade e contratos, que comprovariam as ações ilícitas. As buscas, no entanto, também resultaram na apreensão de seis armas de fogo, que resultaram em duas prisões em flagrante, e R$ 40 mil. Os mandados foram cumpridos na área central.
— Na área central é onde estão os estabelecimentos maiores. Muitas destas casas já foram fechadas mais de cinco vezes, mas tornavam a abrir em decorrência das penas da contravenção penal, que é um crime de menor potencial ofensivo — lembra o delegado.
A investigação da Polícia Civil, no entanto, rastreou ligações dos grupos criminosos com estabelecimentos comerciais menores, como bares e padarias, nos mais diversos locais, incluindo o interior de Caxias do Sul. Ramificações em outros municípios da Serra também são monitoradas.
Os nomes dos investigados não foram divulgados porque a Operação No Suerte possui mais uma fase, de análise de documentos e rastreamento do dinheiro, antes da conclusão dos inquéritos.
— É um mercado da ilicitude muito bem organizado. Estas pessoas atuam há muito tempo com esta contravenção. São pessoas que esbanjam bons veículos e boas moradias que oriundas deste dinheiro de ganho fácil. Muitos tem alguma atuação de fachada para mascarar esta lavagem de dinheiro, como restaurantes ou revendas de veículos. São empresários diversos — relata o delegado Paulo.
Armas apreendidas
:: Revólver calibre .32
:: Revólver .38
:: Revólver .44, que é de uso restrito
:: Espingarda .12
:: Revólver .22
:: Pistola .380