A nova sede da Polícia Civil de Caxias do Sul tem uma nova data de entrega: 22 de setembro. A previsão é da Secretaria Estadual de Obras, Saneamento e Habitação. A obra, que começou em dezembro de 2011 e tinha previsão de conclusão de um ano, se arrasta por diversos problemas: burocracia, modificações no projeto e adequações no terreno. A estrutura ficou pronta no início do ano, no entanto foi necessário um aditivo de prorrogação de prazo e compatibilização de serviços para adequação no projeto da rede lógica (para internet e informática).
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O novo prédio, que fica na esquina das ruas Irmão Miguel Dario e Humberto de Campos, no bairro Jardim América, abrigará a Delegacia Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), a Delegacia de Trânsito e da Delegacia de Homicídios, que hoje funcionam na área central da cidade. A construção é uma promessa de mais agilidade e qualidade no atendimento à população, além de conforto para os policiais civis e outros órgãos que necessitam do espaço, como a Brigada Militar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Defensoria Pública.
O mobiliário necessário para a nova estrutura já foi adquirido e está armazenado no Palácio da Polícia Civil, do lado da Praça Dante Alighieri, há pelo menos dois anos. O atraso na entrega do prédio pode ter gerado avarias ao material, o que será avaliado quando o a obra for entregue pela Secretaria Estadual de Obras.
CONSTRUÇÃO VIROU NOVELA
:: A burocracia enfrentada pela construtora responsável pelo trabalho, a Fator Engenharia, forçou três paralisações para adequar o projeto. A obra começou em dezembro de 2011 e tinha previsão de conclusão de um ano. Mas, cerca de um mês após o início da construção, o projeto foi suspenso por problemas no solo, além da retirada da vegetação no local. Depois de retomada a obra, em abril de 2012, houve uma nova interrupção, em outubro daquele ano, dessa vez por problemas na planilha da licitação, que discrimina o que deve ser adquirido. As equipes só retornaram à obra mais de um ano depois, em abril de 2014.
:: Outro entrave aconteceu no início de 2015, com a alteração da legislação de prevenção contra incêndios. Conforme a Secretaria de Obras, um novo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) precisou ser elaborado e exigiu alterações como instalação de hidrantes e adequação das escadas. Com isso, o valor da obra foi alterado e um novo termo aditivo precisou ser lançado pelo Estado. Quando o termo foi publicado, o prazo da empresa responsável pela obra já havia acabado, e um novo aditivo foi necessário para definir o prazo e permitir que a empresa retomasse a obra.
:: Com a estrutura pronto, a Secretaria de Obras tentou entregar o prédio para a Delegacia Regional de Polícia Civil no início do ano, o que não foi aceito. Foram apresentadas pendências na instalação da rede elétrica, de questões de tecnologia de informação e ar-condicionado. A última movimentação ocorreu em 27 de julho, com pedido de aditivo de prorrogação de prazo e compatibilização de serviços, devido à necessidade de adequações no projeto da rede lógica. A previsão de conclusão é em 22 de setembro.