Moradores do bairro São José contataram o Pioneiro para informar sobre o cheiro fétido do Arroio Tega no trecho que corta a região. A suspeita é que empresas estariam despejando ilegalmente dejetos no curso d'água. O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Gerson Panarotto, acredita que o cheiro esteja relacionado a uma manobra de limpeza dos decantadores na Estação de Tratamento de Água (ETA) Celeste Gobatto, no bairro Pioneiro. Nesse processo, realizado eventualmente, o lodo retido no fundo dos tanques e resultante do tratamento da água é descartado no arroio.
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– Em períodos mais quentes e secos, como estes últimos dias, o cheiro fica mais forte mesmo. O odor é sentido pelos moradores do São José pela proximidades com a estação de tratamento. No entanto, com a lavagem e a diluição do lodo na água, a tendência é que o cheiro diminua e cesse – justifica Panarotto.
Conforme o diretor, o Samae já assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria de Meio Ambiente comprometendo-se a fazer adaptações na ETA, evitando que o lodo precise ser lançado no curso de água.
– São estações de tratamento antigas, que não dispõem de estrutura para a secagem do lodo. Estamos trabalhando no projeto de reforma e ampliação da ETA e, até março do ano que vem, possivelmente, já tenhamos condições de abrir a licitação para as obras – adianta.
Não há custo estimado do projeto, mas Panarotto afirma que, apenas a elaboração dos projetos deve custar em torno de R$ 880 mil.
– (As obras) Devem custam alguns milhões – estima.