Dois fatores dificultam a investigação da Polícia Civil sobre o corpo encontrado esquartejado em Caxias do Sul. O primeiro, e óbvio, é a identificação da vítima. O exame de DNA, que deve esclarecer essa lacuna, costuma demorar de 60 a 90 dias. O segundo é o fato da provável vítima não ter um círculo de amizades ou familiares próximos. Os investigadores não têm certeza onde a vítima morava na cidade.
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– Em Caxias do Sul, não localizamos ninguém que tivesse uma relação próxima com ele e pudesse explicar qual era a rotina de vida dele – aponta o delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da Delegacia de Homicídios.
Os relacionamentos familiares da vítima também não auxiliaram a investigação. Os pais dele são adotivos, moram em Santa Maria e têm mais de 90 anos, razões pelas quais a delegacia optou por não realizar o contato. A ex-mulher, que é mãe do filho mais novo, moraria em Santa Catarina e tem endereço e telefones desconhecidos.
As duas filhas, que moram em Porto Alegre, são frutos de outro relacionamento. A mãe, segundo a polícia, já teria morrido. As jovens não tinham relação próxima com o pai e moram com um tutor. Foi esta pessoa que soube do ocorrido e entrou em contato com a Polícia Civil para possibilitar o exame de DNA.
O nome da vítima está preservado pelo Pioneiro, pois ainda não há confirmação da identidade, o que só deve ocorrer por meio de um exame de DNA.