Alegando falta de recursos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) pode deixar de oferecer o serviço de fisioterapia a partir do mês de julho. Hoje são ao menos 180 beneficiados com a atividade, que custa R$ 18 mil aos cofres da entidade e é paga por meio de doações e repasses. No mês passado, a presidente da Apae, Fátima Randon, já havia procurado a prefeitura em busca de ajuda para manter os atendimentos de fisio e fonoaudiologia.
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Após uma reunião no Salão Nobre, o ex-secretário de saúde, Fernando Vivian, afirmou que uma das alternativas seria buscar uma parceria com o Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG) para oferta de estudantes de fisioterapia para atendimento a beneficiários da Apae. Porém, nada saiu do papel, segundo a coordenadora administrativa Elisabeth Leite Marin:
– A ideia só foi lançada, mas nada avançou. Temos verba para pagar os cinco profissionais até este mês. Na semana que vem vamos começar a encaminhar os beneficiários para a rede pública, para as unidades básicas de saúde de origem. É uma pena porque é algo que faz muita diferença na vida das pessoas que atendemos.
Tanto a Secretaria Municipal da Saúde quanto a FSG confirmam que a parceria entre o poder público e a instituição está em análise. Nesta terça-feira à tarde, a secretária Deysi Piovesan e o prefeito Daniel Guerra (PRB) se encontrariam para falar também sobre essa demanda na Apae. No mês passado, a prefeitura abriu a possibilidade de estudar a viabilidade de elaboração de chamamento público e também de analisar a chance de redirecionamento de prestadores de serviço do próprio município para ajudar nessas áreas.
Já o serviço de fonoaudiologia oferecido na Apae vem sendo realizado de forma voluntária desde o dia 19 pela primeira-dama, Andrea Marchetto Guerra. Ela vai nas segundas à tarde e atende de quatro a cinco beneficiários, segundo a entidade.
– A demanda para fono é de pelo menos 50 pessoas, mas não estamos tendo como pagar nesse ano. Muitos estão se virando com recursos próprios ou deixaram de fazer. Isso pode acabar acontecendo com a fisioterapia – lamenta Elisabeth.