Depois de ameaçarem pedir demissão na sexta-feira, três médicos que trabalham na rede pública de Caxias do Sul pediram exoneração na manhã desta segunda-feira. Outros 10 profissionais solicitaram redução da carga horária na secretaria municipal da saúde. Os médicos exigem que o poder público negocie o cumprimento da carga horária e reajuste salarial.
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O presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei Silveira dos Santos, ainda afirma que outros profissionais devem solicitar a redução da carga horária, o que, segundo a entidade, impactaria na redução de consultas. A saída de três profissionais, de um total de 342, traz um impacto grande no atendimento à saúde da cidade. Na semana passada, quando os profissionais paralisaram os serviços por três dias em protesto contra o cumprimento da carga horária e reajuste salarial, cerca de 2.250 consultas deixaram de ser realizadas nas unidades básicas de saúde, no CES e no Cais Mental. Se, caso os três médicos que pediram exoneração tivessem um contrato de 33 horas, e com isso atendessem 26 pacientes diariamente pelo sistema de cotas, a semana já teria começado com 78 consultas a menos por dia na rede pública.
Na semana passada, questionado sobre uma possível exoneração em massa da classe médica, Guerra afirmou que a prefeitura tem cadastro reserva de profissionais e que não descarta a contratação emergencial de novos médicos. Na segunda, o presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei dos Santos, se encontrou com membros da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores com o objetivo de pedir apoio dos parlamentares para a abertura de diálogo com Guerra.
Na sexta, o prefeito Daniel Guerra (PRB) anunciou que entrou na Justiça contra o Sindicato dos Médicos em função da paralisação de três dias na semana passada, atitude que considerou como ilegal.