Além dos 36 policiais comunitários de Caxias do Sul que estão sem receber o auxílio-moradia, os servidores que atuam em Bento Gonçalves também não estão recebendo. No município, são 28 policiais entre brigadianos e civis sem receber o auxílio desde abril, quando venceu o convênio com o governo do Estado. As prefeituras dos dois municípios já disponibilizaram os valores para o pagamento, mas o Estado ainda não renovou o convênio e assim, os valores não podem ser depositados nas contas dos policiais.
Esse modelo de Policiamento Comunitário começou a operar em março de 2012 no Estado. Caxias foi a primeira cidade a implantar o programa. A prefeitura paga um auxílio-moradia para o PM morar na área onde fará o policiamento. O pagamento é feito ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) que deposita na conta dos PMs. O Estado, além de destacar o efetivo, fornece viaturas novas, armas e coletes balísticos. Os policiais que não estão recebendo em Caxias são os que compõem os 11 primeiros núcleos de implantação do policiamento comunitário no município. O valor é de R$ 793,53.
Em Bento Gonçalves os recursos para o pagamento do auxílio-moradia vem da parte que cabe à prefeitura com a arrecadação do estacionamento rotativo regulamentado. No município, o valor do auxílio é de R$ 729.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado afirma, por meio da assessoria de imprensa, que os convênios serão renovados, porém, por seis meses. Durante esse período, a secretaria irá reavaliar e reexaminar o policiamento, para saber o quão efetivo ele é em termos de números e resultados. A assessoria da SSP não confirma uma data para a renovação dos convênios, mas afirma que será nesta semana o de Caxias. A demora, segundo a assessoria, ocorreu por conta de trâmites burocráticos.