A Justiça de São Francisco de Paula condenou a 33 anos de prisão o homem que matou a facadas a jovem Dóris Terra Silva, de 21 anos, durante um roubo no município no dia 20 de dezembro de 2015, um domingo. Ela desapareceu à tarde com o Corolla que dirigia e seu corpo foi encontrado no final da noite, a cerca de três quilômetros da cidade.
O carro da vítima foi encontrado em Canoas, no bairro Rio Branco. Três dias depois, na noite de 23 de dezembro, a polícia prendeu o suspeito na saída de um motel no bairro Niterói. Luís Paulo da Silva Nunes, de 31 anos, confessou o crime à polícia e disse ter escolhido a jovem de forma aleatória. Além de roubar o veículo, Nunes efetuou três saques de R$ 500 com o cartão de Dóris.
Conforme a denúncia, a vítima foi abordada por volta das 14h40min no estacionamento de um supermercado por Nunes, que estava armado com uma faca. Nunes obrigou Dóris a dirigir o carro até um terreno baldio nas proximidades da RS-020, na saída da cidade. Ele exigiu que a jovem saísse do veículo e a atacou em seguida com diversos golpes de faca no peito, na mão, barriga e queixo. Dóris morreu no local e o criminoso escondeu seu corpo em meio à vegetação.
À Justiça, Nunes disse que tinha inicialmente a intenção de roubar o supermercado e, depois, decidiu roubar a vítima no estacionamento. O criminoso disse que exigiu que Dóris dirigisse até a saída da cidade porque queria fugir. Ele disse que não tinha a intenção de matar a jovem e desferiu a facada para reagir a um tapa. Ele também negou que tivesse ocultado o cadáver.
Na decisão, o Juiz Carlos Eduardo Lima Pinto considerou que Nunes aproveitou a falta de vigilância do local e teve frieza "para obrigar a vítima a lhe revelar a senha do cartão, para só após matá-la". O Juiz concluiu que a maneira como Nunes agiu demonstrou uma possível premeditação e que nada mostra que ele estivesse "apavorado" na hora em que assassinou a jovem.
O Juiz condenou o réu a 30 anos de prisão por latrocínio, que é o roubo com morte, e a 3 anos de prisão por ocultação de cadáver.
Dóris Terra era filha do diretor do Parque de Exposições Assis Brasil e ex-prefeito da cidade, Sérgio Bandoca.