Ao deixar o colégio La Salle Carmo por volta das 17h desta segunda-feira, no centro de Caxias do Sul, a cozinheira Noeli Guedes, 51 anos, viu-se em meio a um tiroteio e foi vítima de bala perdida. Ela recebeu atendimento do Samu, foi encaminhada ao Hospital Pompéia e não corre risco de vida. Instantes antes, próximo dali, na Rua Marquês do Herval, um assaltante tentou roubar a joalheria Caprice e trocou tiros com policiais. Outras quatro pessoas ficaram feridas, uma com gravidade.
Um estampido foi ouvido dentro do estabelecimento. Quatro guardas municipais e quatro agentes da Polícia Civil, que se deslocavam para cumprir um mandado, chegaram a tempo de impedir o assalto. Na confusão, um guarda foi atingido no rosto e na mão. Além dele, o criminoso – identificado como Anderson Braz Campos –, uma mulher que estava em um táxi e o dono da Caprice foram alvejados. Todos estão em hospitais de Caxias.
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– Poderia ser qualquer um de nós, um pai, uma criança. Estamos bem chocados, com medo e tristes pelo ocorrido – relata uma funcionária da escola, que pediu para não se identificar.
A cozinheira, que trabalha há um ano no La Salle Carmo, se deslocava em direção à Rua Pinheiro Machado, no centro, para pegar um ônibus ao Desvio Rizzo, onde mora. Noeli levou um tiro a poucos metros do colégio, que atende estudantes da educação infantil até o ensino médio.
– Ela é uma ótima funcionária, coitada. Estava na hora errada, no lugar errado – complementa a colega da cozinheira, que conversou com o Pioneiro.
Cerca de duas horas antes do assalto, dezenas de policiais estavam reunidos na Praça Dante Alighieri para homenagear o soldado Thales Ferreira Floriano, morto durante uma operação na Vila Chico Mendes, em Cidreira, na madrugada de sábado. Trata-se da segunda morte neste ano envolvendo um PM em abordagem policial. Em 4 de julho, o soldado Luiz Carlos Gomes da Silva Filho foi baleado na cabeça por um criminoso na zona sul da Capital.