Conheça os próximos passos do SIM Caxias para integração do transporte

Três meses e meio depois da implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias), a prefeitura acumula elogios e críticas: para alguns, o novo modelo tornou as viagens mais rápidas, um dos propósitos do SIM, mas para outros a situação piorou. Mas é certo que o sistema veio para ficar. A integração de 17 linhas de ônibus das regiões Leste e Oeste por meio das estações de transbordo é uma amostra do que está por vir no transporte em Caxias do Sul: o município planeja uma rotatória na Rota do Sol e ajustes pontuais para preparar o terreno para as próximas intervenções.

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A criação de novas estações e a inclusão total de 77 linhas em operação na cidade são planos para os próximos anos, mas é certo que a integração é um caminho sem volta. Futuras obras, no entanto, vão depender da próxima administração municipal, a ser eleita em outubro. As ações, porém, vão de encontro com o que indicam especialistas: a priorização do transporte coletivo.Integrados os eixos Leste - Oeste, o foco volta-se à região Norte.

A preocupação em diminuir o trecho percorrido pelos coletivos nos bairros e o crescimento da região Ana Rech levaram a Secretaria de Transportes a mudar o plano inicial de erguer mais duas Estações Principais de Integração (EPISs): agora serão três, uma grande e duas menores. A Zona Norte deve ganhar uma EPI nos moldes das (Imigrante e Floresta, citar) duas já existentes. Além disso, serão construídas outras duas novas estações, menores: nas proximidades da empresa Marcopolo, em Ana Rech, e outra ao longo da BR-116, entre o trevo de Ana Rech e a Rota do Sol – esta última deve ter dois prédios, para atender aos dois sentidos da rodovia.

Enquanto as obras estão no plano das intenções, o objetivo é preparar a cidade, melhorando a vida de quem anda de ônibus na área Norte e, ao mesmo tempo, esboçando como será o sistema daqui a alguns anos. Até setembro, a prefeitura quer começar a rotatória de acesso ao Santa Fé, obra que depende de aval do Daer quanto ao projeto. A expectativa de Marrachinho é de que, além de reduzir acidentes, a passagem dos coletivos fique mais rápida. Podem haver, ainda, mudanças de rotas e pontos de embarque e desembarque dos ônibus da região Santa Fé, mas detalhes não são divulgados. Os problemas principais estão no eixo Moreira César - Bento Gonçalves e na volta aos bairros, pela Visconde de Pelotas.

– Isso dialoga com a implantação da EPI zona Norte, porque hoje no sistema convencional nosso gargalo é o Centro. Nesse eixo da Zona Norte estamos com um problema parecido com o que tínhamos na Sinimbu. O estudo técnico que estamos fazendo é para que futuramente, com a implantação da EPI, isso que vamos fazer esse ano seja a linha de operação do futuro troncal da zona Norte – projeta o secretário de Transportes, Manoel Marrachinho.

O QUE VEM POR AÍ

Ainda neste ano:
:: nova rótula de acesso ao Santa Fé, na Rota do Sol, prevista sair do papel em setembro. A obra ficaria pronta somente no primeiro semestre de 2017.

A partir de 2017:
:: licitações de três novas estações de transbordo, uma de grande grande porte e duas menores
:: concretagem dos corredores de ônibus das ruas Bento Gonçalves e Marechal Floriano
:: capeamento asfáltico e revitalização da Avenida São Leopoldo e da Rua Luiz Michielon
:: construção de ciclovia na Luiz Michielon
:: melhorias no entorno do Monumento ao Imigrante

Para o futuro
:: estações de transbordo para atender à zona sul, atendendo a bairros da região do Esplanada e proximidades

Zona Sul fica para o futuro
Se depender de dinheiro, a construção de uma EPI (Zona Norte) e de duas estações abertas integradas por cartão (as menores, na região do São Ciro e Ana Rech) está garantida: o município já captou R$ 10 milhões via PAC Mobilidade - Médias Cidades. As duas áreas que abrigariam as duas estações inicialmente projetadas já foram declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação. Com a mudança para três obras, porém, um dos terrenos deve ser descartado e será substituído por áreas menores. Marrachinho é otimista quanto ao início das operações:

– Se o município tiver fôlego econômico, nós acreditamos que esse sistema é para daqui a dois ou três anos.

A prefeitura não informa quantas das 60 linhas ainda não integradas entrarão no sistema – de um total de 77 linhas, 17 seguem até as EPI Floresta e Imigrante – mas parte delas, que atende à Zona Sul, só entrarão no esquema no futuro. Os projetos para essa etapa devem ser responsabilidade do próximo governo.

– Na minha opinião, vai ser possível ter a mesma concepção das estações menores. Penso que teremos condições de pegar as linhas remanescentes daquela região e fazer uma ligação no eixo entre a Avenida Bom Pastor e a Avenida São Leopoldo – imagina.

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