O assassinato de uma mãe que buscava o filho na escola, em Porto Alegre no final da tarde de quinta-feira, resultou no pedido de exoneração do secretário da Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini. O latrocínio (roubo com morte) ocorreu na Capital, mas poderia ter sido em Caxias do Sul. No mesmo dia e horário, um caso muito semelhante ocorreu no bairro Villagio Iguatemi. A diferença foi que, na Serra, o assaltante não apertou o gatilho.
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As vítimas foram um representante comercial, 31 anos, e sua esposa, 27. Eles buscavam o filho de três anos na escola da rede Caminho do Saber, na Rua Guerino Sanvitto, pouco depois das 17h. A caminhonete Tiguan estava estacionada e a mãe colocava o menino no banco de trás quando a dupla criminosa apareceu.
– Foi muito rápido. Surgiu este rapaz correndo até a minha esposa e, quando percebi, tinha um segundo com um revólver na minha porta (do motorista). Eles mandaram descer e deixar tudo que tínhamos. Eu demorei para dar tempo a minha esposa de tirar o nosso filho do banco de trás. De resto, não tem o que fazer. Só pensava em proteger minha família – relembra o pai.
De acordo com o relato, os assaltantes estavam de cara limpa e muito nervosos. Queriam fugir logo com a caminhonete, de cor prata e placas NVZ-7456. O veículo segue desaparecido. Apesar de não serem conhecidos outros relatos contra pais da escola, o bairro Villagio Iguatemi é está na mira de assaltantes de veículos há meses.
– Logo depois soube do caso em Porto Alegre, pelo Pretinho Básico (programa da rádio Atlântida). Foi praticamente igual. Graças a Deus com nós não aconteceu o pior. Não temos mais segurança. É a triste realidade – lamenta o representante comercial.
A direção da escola Caminho do Saber demonstra preocupação com o relato. A instituição já investe em segurança particular – uma empresa realiza rondas periódicas pelo bairro – e um reconhecimento biométrico para entrada de pais no horário de saída dos alunos.
– O problema é o crescimento da violência de modo geral. Ouvimos diversos comentários de assaltos pelo bairro. Estamos buscando atitudes preventivas e um respaldo para além do oferecido pelo Poder Público. A comunidade, de modo geral, está buscando fazer sua parte para minimizar estes casos de violência. É uma preocupação constante – afirma a diretora Maristela Tomasi Chiappin, há 13 anos no cargo.