Manifestações de alunos contrários e favoráveis à ocupação nas escolas causaram tumulto no início da manhã desta quinta-feira no Colégio Emílio Meyer, em Caxias do Sul. Por volta das 7h, estudantes que gostariam de voltar às aulas espalharam cartazes pelo pátio pedindo o retorno dos professores e afirmando que a ocupação não tem validade.
Leia mais
Aluna acusa PM de agressão com serra durante confusão em escola ocupada
Com barra de ferro e corrente, homem agride aluno de escola ocupada
"Não tem explicação o que ele fez", diz aluno agredido em Caxias
"Não sou um monstro", rebate homem que agrediu aluno de escola ocupada
Com gritos de "Eduque e não ocupe", os estudantes foram convidados pelos professores a entra nas salas para o início das aulas. No entanto, um tumulto nos corredores acabou se formando. Há registro de briga física entre os alunos e a Brigada Militar foi chamada orientar os estudantes e acalmar a situação.
Mães que são contrárias à ocupação desmontaram pelo menos duas barracas que estavam na sala 201, onde cerca de 10 alunos haviam passado a noite.
A atitude delas gerou revolta entre os estudantes que ocupam o colégio para reivindicar melhorias na estrutura escolar. As mães também afirmam que o colégio está em boas condições e que os professores atendem a expectativa.
– A maioria dos alunos quer aula. Se eles querem se manifestar, que vão lá fora – desabafou Maria Ravané, mãe de uma estudante de 17 anos.
Por volta das 9h, a instituição estavam com aulas normais. Direção, professores e alunos devem se reunir para decidir que rumo o Emílio Meyer deve tomar. A reunião ainda não tem horário definido.
– A manifestação deles é mal organizada e impede nosso direito de ir e vir. Nós só queremos ter aula – disse Nádile Saling, 17, estudante do 2º ano do Ensino Médio e uma das líderes do manifesto contrário à ocupação.
