As quatro escolas estaduais ocupadas em Caxias do Sul tinham até a tarde dessa quinta-feira para responder às propostas carta-compromisso entregue pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) na última segunda-feira. Porém, de acordo com a diretora da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), Janice Moraes, nenhum dos grupos ocupantes respondeu.
Leia mais
Frio mais intenso do ano no Brasil aumenta chance de neve na Serra
PMDB define na próxima segunda se terá ou não candidatura própria a prefeito
– O silêncio me faz acreditar que as ocupações irão continuar. Diante disso, hoje (ontem) à noite a Seduc irá repassar novas orientações às coordenadorias, sobre o que fazer a partir de agora – comenta Janice.
Seguem ocupadas as escolas Cristóvão de Mendoza, Aristides Germani, Escola Técnica (EETCS) e Apolinário Alves dos Santos. Pelo Facebook, o grupo de ocupantes do Cristóvão afirmou que irá seguir com o protesto, pois as propostas não atendem às demandas. De acordo com o texto, trata-se de propostas que há muito tempo são feitas e não são cumpridas. Porém, a 4ª CRE exige o retorno em documento oficial. Desde quarta-feira, as aulas foram retomadas no Cristóvão parcialmente, graças à mobilização de um grupo de pais.
Apesar da relação conflituosa na escola do bairro Cinquentenário, a responsável pelas escolas estaduais serranas considera mais preocupante a situação na Aristides Germani. Na instituição do bairro Rio Branco, sucessivas reuniões para tratar do fim da ocupação têm terminado sem acordo. Os estudantes reivindicam, entre outras coisas, a saída da atual direção.
– Tenho a informação de que os diálogos (na Aristides) estavam fluindo, mas os alunos recuaram, porque haveria uma interferência muito grande do comando de greve do CPERS e de um advogado do Advogados sem Fronteiras. Irei averiguar a veracidade – comenta Janice Moraes.
Entre as escolas ocupadas, além do Cristóvão, apenas a EETCS está com aulas. Aristides e Apolinário estão paradas.