A Central de Regulação de Leitos administrada pela Secretaria Municipal de Caxias do Sul está operando dentro da capacidade máxima. A informação é da Gaúcha Serra. Os principais hospitais da cidade estão lotados ou com ocupação muito próxima dos 100%. No único hospital que disponibiliza todas as 217 vagas apenas para o sistema público, o Hospital Geral, os 39 leitos de UTI adulta, pediátrica e neonatal estão ocupados. As 25 vagas da obstetrícia e 6 da ginecologia também estão lotadas. A internação adulta, com capacidade para 109 pessoas, está 95% preenchida. Onde há mais leitos disponíveis é na ala pediátrica, com 90% de ocupação do total de 37 vagas.
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Referência de emergência, obstetrícia e cirurgias de alta complexidade para 48 municípios, o Hospital Pompéia também está com 100% dos 182 leitos do SUS utilizados. De um total de 301 leitos, 119 são particulares e de convênio e também têm alta taxa de ocupação, acima de 90%. Não há restrição porque o Pompéia trabalha com uma reserva técnica de leitos para emergências e para sala de observação, porém são dois a três leitos no máximo, conforme Francisco Ferrer, superintendente geral do hospital.
A situação limite não é somente desta época do ano, vem se repetindo há meses por conta do desemprego na cidade e a, consequente, perda de planos de saúde.
– São dois aspectos: a sazonalidade é marcante e tende a aumentar consideravelmente o público, tanto o privado como o do SUS. O outro é, sem dúvida, a dificuldade financeira, tanto das pessoas como também dos demais hospitais a nível regional – explica Ferrer, também presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul.
Outro hospital que atende o sistema público é o Virvi Ramos. De acordo com a Secretaria da Saúde, os 38 leitos SUS da instituição estão ocupados. Nesta quarta-feira, o Postão 24 Horas tinha as 12 poltronas lotadas, já que dos 14 leitos de observação restava apenas um vago.
– Mas não deve ficar por muito tempo. Trabalhamos constantemente com esta situação em toda a cidade. Mesmo assim, conseguimos dar conta da regulação com a capacidade máxima – afirma a secretária municipal de Saúde, Dilma Tessari.
Conforme a secretária, uma ginástica para remanejar as vagas precisa ser feita. Mesmo assim, já ocorreu de superlotar toda a rede de Caxias do Sul e foi preciso transferir pacientes de baixa complexidade para hospitais da região, como São Marcos. A falta de leitos nunca chegou ao extremo de obrigar a transferência de pessoas para Porto Alegre, até porque a Capital sofre com superlotação de emergências constantemente.
Por enquanto, Caxias do Sul está conseguindo evitar a restrição de atendimentos na cidade. Porém, a solução passa por ampliar o número de leitos na cidade, segundo Dilma. Ela cita a construção do hospital materno-infantil junto ao Hospital Geral (HG), que está em construção desde 2014. Quando for concluído, terá capacidade para 136 leitos, incluindo vagas de UTI. A secretaria, porém, não tem previsão de quando ele entrará em funcionamento. Seis andares já foram erguidos, mas ainda é preciso equipar todo o prédio.