Um estudo a ser desenvolvido no primeiro semestre de 2025 vai apontar a quantidade e quais são os gases de efeito estufa lançados na atmosfera em Caxias do Sul, para a elaboração de medidas para a redução de emissões. O município foi selecionado em um programa do grupo C40 Cities, que reúne grandes cidades no enfrentamento às mudanças climáticas.
Ao todo, cinco cidades brasileiras, uma por região, passarão pelos levantamentos, com o objetivo de servir de referência a outros municípios no futuro. A ideia é que os dados sejam analisados entre fevereiro e maio do próximo ano e os resultados apresentados na COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro de 2025 em Belém (PA).
Conforme o secretário de Meio Ambiente de Caxias, Daniel Caravantes, o inventário das emissões vai resultar em dois projetos, um de redução de emissões e outro de adaptação às mudanças climáticas. Ao fim do programa, a equipe responsável também irá aproximar o município de bancos de financiamento a fim de captar recursos para viabilizar as medidas apontadas. O município não terá custos com os estudos em si, com custo estimado em R$ 1,5 milhão.
— Eles identificaram a cidade por meio de projetos anteriores que nos levaram à COP 28 (realizada no ano passado, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos), como a fase 3 do Programa Municipal da Mata Atlântica (PMMA). Avaliaram Caxias como bem organizada — relata.
Os estudos serão realizados por uma empresa já contratada pelos responsáveis pelo programa. Em uma reunião na tarde de segunda-feira (25), ficou definido que serão realizados pelo cinco encontros virtuais entre os envolvidos para os encaminhamentos das etapas do levantamento. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) será responsável pelo fornecimento de dados.
— Para a cidade é fantástico, porque são projetos que já teríamos que fazer. É um estudo bem amplo. Já vínhamos conversando com Belo Horizonte (MG) a respeito, porque eles já fizeram esses projetos e querem encaminhar o PMMA, que nós já temos. Aí surgiu essa oportunidade — destaca Caravantes.