A prefeita em exercício de Caxias, Paula Ioris, e a secretária do Planejamento, Margarete Bender, viajaram a Porto Alegre nesta sexta-feira (18) para participar do ato simbólico de assinatura da concessão do Porto Meridional, em Arroio do Sal. Embora fundamental para o desenvolvimento econômico da Serra, o aval para construção do terminal marítimo não foi o único motivo da viagem. A intenção é ter uma reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho para tratar da liberação de recursos para a construção do aeroporto de Vila Oliva. O evento estava marcado para o meio-dia na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), logo após a reinauguração do aeroporto Salgado Filho.
A visita do ministro ao Estado ocorre no momento em que o governo federal está prestes a autorizar a contratação das obras de construção do complexo no interior de Caxias. As últimas etapas dos projetos executivos foram entregues em abril e aprovadas em agosto. Dali em diante, os técnicos da Secretaria de Aviação Civil (SAC) se debruçaram sobre o orçamento da obra, praticamente o último trâmite burocrático antes da execução.
— Aprovado, está. O que estão fazendo agora são os ajustes do cronograma físico-financeiro — explica Margarete.
O cronograma físico-financeiro é a programação de liberação de recursos de acordo com o avanço das obras. A partir da finalização dos ajustes, a expectativa é de que o aval para a obra seja dado por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que têm centralizado as obras federais.
A fonte dos recursos, porém, será o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que tem reservados R$ 200,5 milhões desde 2019 para a construção do aeroporto. O montante será suficiente para a construção de pátios e pistas, além de terraplenagem. Os prédios e o terminal de passageiros, última etapa da obra, receberão recursos à parte. Assim que o dinheiro for liberado, a licitação para contratar a empresa responsável pela obra ficará a cargo do município, que detém a outorga do terminal.
Além da construção do aeroporto em si, ainda é preciso avançar com os projetos dos acessos entre Vila Oliva e a Região das Hortênsias. O Estado tentou contratar um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da rodovia, mas a empresa interessada foi desclassificada por não cumprir todos os requisitos do certame. Depois, é preciso realizar estudos ambientais e projetos para, então, executar a obra.