A equipe que atua em Galópolis utilizará outra alternativa para estabilizar a encosta que corre risco de deslizamento. Conforme técnicos da prefeitura de Caxias do Sul, a ação de desmonte controlado com explosivos foi descartada nesta quarta-feira (8) após uma tentativa de perfurar o solo. Com isso, a medida adotada será utilizar maquinário de terraplanagem para retaludar a encosta. Isso significa que serão utilizadas máquinas, e não explosivos, para retirar o material da encosta.
De acordo com técnicos da prefeitura, o trabalho de perfuração para a colocação dos explosivos foi iniciado. Porém, a partir disso foi notado que o solo não estava comportando-se como o esperado. O geólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) Caio Torques e o engenheiro da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SMOSP) Valter Guerra Jr. identificaram bolsões de ar no subsolo. Nestas condições, os explosivos não trariam qualquer efeito.
— O explosivo precisa de um ambiente confinado para funcionar e o solo está decompondo e com vazios por baixo — explica Torques.
A alternativa, então, é o trabalho com máquinas. As equipes devem retirar o material da encosta e fazer patamares nela para conseguir a estabilização. Essa ação só poderá iniciar quando as condições climáticas permitirem. Até lá, as 220 famílias de Galópolis não podem retornar para casa.
—Vamos manter as casas evacuadas na parte de baixo da encosta por questões de segurança e, assim que tiver tempo firme, iniciamos os trabalhos de retaludamento e retirada do material que está em situação instável — afirma Guerra Jr.
Os deslizamentos de terra que foram registrados na última quinta-feira (2) causaram uma fenda e uma ruptura no solo da comunidade. A prefeitura segue monitorando a área, inclusive com duas câmeras que foram instaladas na BR-116. Sete mortes foram confirmadas por conta dos deslizamentos em Galópolis.