A Avenida Júlio de Castilhos, em São Francisco de Paula, ganhou mais uma obra de arte nesta semana. Foi inaugurado na quinta-feira (14) o Monumento ao Laçador Serrano, instalado quase na esquina da avenida com a Rua Barão de Santo Ângelo. A iniciativa teve investimento de aproximadamente R$ 125 mil da prefeitura.
A obra, que é de autoria do artista plástico paulista Edmilson Duarte, foi produzida por meio de técnicas de metalurgia, com chapa metálica e solda malhadas a frio. O processo de confecção do Monumento durou nove meses e ocorreu na localidade de Várzea São João, no interior da cidade. Duarte, que conheceu São Chico em 2003 e se mudou em 2009, já tinha outras duas obras ligadas ao tradicionalismo gaúcho no Centro. Ele tem uma experiência de quatro décadas como artista plástico.
— Foi uma obra baseada no tradicionalismo, no maior esporte da região de São Francisco de Paula, o tiro de laço. O desafio foi grande para traduzir com fidelidade as vestes do gaúcho — descreveu o artista.
O Monumento ao Laçador Serrano se junta a outras cinco obras que compõem a paisagem na Avenida Júlio de Castilhos: o Termômetro, o Monumento à Cuia, o Monumento aos Tropeiros, o Monumento aos Carreteiros, e a Estátua do Negrinho do Pastoreio. Na visão do artista plástico, essas obras espalhadas pela Júlio ajudam a manter viva as tradições da cidade e a cultura da região.
— São fundamentais para manter a tradição, representando o cotidiano da lida campeira, gaúcha, do tradicionalismo, não somente as minhas obras, mas as de outros artistas também — pontou Duarte.
Durante a cerimônia de inauguração, comandada pelo tradicionalista Léo Ribeiro de Souza, foram homenageados os campeões serranos de laço no 35º Rodeio Internacional de Vacaria, então simbolicamente representados no monumento.
O secretário municipal do Turismo, Cultura e Desporto, Rafael Vieira Castello Costa, destacou que todos as obras que estão na Avenida Júlio vão passar ou já passaram por um processo de revitalização, com o objetivo de criar um corredor atrativo aos moradores e visitantes ao longo das 12 quadras.
— Se fizer uma análise de tudo que tem na Avenida, ou estão relacionadas à lendas gaúchas, que é o caso da (Estátua) ao Negrinho do Pastoreio, com essa atmosfera que a gente vive aqui nos Campos de Cima da Serra, ou são os Carreteiros que fazem parte da nossa origem, os Tropeiros, a nossa hospitalidade com o chimarrão, e agora essa obra que é o nosso laçador. Temos muita tradição — descreveu Costa.