Uma assembleia realizada em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Bento Gonçalves, foi realizada na manhã desta sexta-feira (7), por volta das 10h. A quadra entre as ruas Alfredo Chaves e Borges de Medeiros, foi trancada pela Fiscalização de Trânsito, para que os funcionários pudessem debater a proposta do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias e Região (Simecs), que ofereceu 4,74% de reajuste, o que representa um aumento real de 1%. A proposta foi rejeitada.
Os metalúrgicos também votaram a sugestão do juiz titular da 4ª Vara do Trabalho, Rafael da Silva Marques, que sugeriu às entidades, na quarta (5), um acordo em 8,5%. O atual piso salarial no setor é R$ 1,7 mil, com esse reajuste passaria a R$ 2,3 mil. Os participantes aprovaram esse percentual, além da redução de 2% no valor do transporte público.
A intenção do Sindicato dos Metalúrgicos, no início da negociação, era um reajuste de 10% no salário, aumento do desconto no valor do transporte coletivo urbano e auxílio-creche ligado à criança, não à mãe.
Segundo Melo, os metalúrgicos estão em estado de greve a partir desta sexta e aguardam contato do Simecs.
Em nota assinada pelo presidente Ubiratã Rezler, o Simecs manifestou "preocupação pela forma como as manifestações estão sendo conduzidas. Nota-se claramente que os atos provocados pelos representantes dos trabalhadores geram constrangimento e coação contra seus representados, com o objetivo de forçar a adesão da categoria ao movimento. Importante salientar que atos dessa natureza são, inclusive, considerados ilegais perante a Constituição Federal, que garante proteção à propriedade e ao direito de ir e vir. O Simecs reforça que respeita todas as manifestações sindicais, desde que observados os preceitos legais. Por fim, destacamos que o Simecs permanece aberto ao diálogo para a negociação coletiva e atendimento às empresas".