De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Farroupilha, duas escolas de Educação Infantil registraram surto de mão-pé-boca nesta semana. Há cerca de 15 dias, o órgão começou a ser notificado dos casos. No total, sete crianças de até cinco anos foram infectadas. Como explica a responsável pelo setor, enfermeira Paulina Guizo, um surto, nesta situação, é configurado a partir de três casos.
A enfermeira alerta que os pais procurem um médico se os filhos apresentarem sintomas. A doença contagiosa, causada pelo vírus coxsackie, causa erupções de bolhas em partes do corpo das crianças, como a boca, as mãos, os pés (por isso, o nome da doença) e nádegas. Além disso, pode causar febre, vômito, náusea e diarreia.
— É importante que sempre procure um médico para fazer um diagnóstico correto, porque ela pode ser parecida com outras doenças — alerta Paulina.
Se a doença for constatada, os pais ou responsáveis devem notificar a escola. A enfermeira recomenda alguns cuidados para as famílias e também para as escolas, como sempre limpar os brinquedos com água e sabão, que os responsáveis e cuidadores lavem as mãos com frequência, mantenham os ambientes arejados e limpem diariamente o banheiro.
A transmissão é feita pelo contato com saliva, secreções respiratórias, feridas, objetos e alimentos contaminados, ou até mesmo por um simples toque de mão ou beijo. As fezes também podem repassar a doença. Por isso, a criança deve ficar em casa por, pelo menos, sete dias após a aparição dos sintomas, conforme Paulina. Os pais, inclusive, devem dar atenção ao repouso da criança e a hidratação.
Recomendações aos pais
- Deve-se priorizar alimentos pastosos (purês ou mingaus) com pouca quantidade de sal para não aumentar a dor de garganta. Sorvetes e gelatinas também são uma boa pedida.
- Bebidas geladas, como água e sucos naturais, são indispensáveis para uma boa hidratação.
- Os pais devem tomar cuidado com o contato. Lavar as mãos com frequência e não trocar fraldas em lugares públicos evitam o contágio.