A Secretária da Cultura de Caxias do Sul, Magali Quadros, concedeu entrevista ao programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha Serra, nesta quinta-feira (9), para falar sobre o Carnaval 2023 na cidade. Durante o bate-papo, ela explicou de onde surgiu a ideia de criar o Encontro de Bambas Festival Carnavalesco e as expectativas para o Carnaval dos próximos anos. Confira os principais trechos da entrevista:
Uma vez que não teremos desfiles neste ano, como se chegou na ideia do Encontro de Bambas Festival Carnavalesco? Por que se optou por esse evento?Pensamos em fazer essa retomada justamente porque as agremiações e as escolas de samba que existem na cidade e tradicionalmente desfilavam, estão desmobilizadas e desarticuladas. Então, é para fazer essa retomada e reiniciando com esse resgate da própria história do Carnaval em Caxias do Sul, da valorização de pessoas de referência das agremiações, todas as pessoas que construíram a história do Carnaval em Caxias para que sejam valorizadas e que essas atividades sejam retomadas de uma forma gradativa e revisitando essa história através de várias ações. Vamos iniciar com o Festival Carnavalesco Encontro de Bambas e teremos atividades que serão realizadas ao longo do ano para o fortalecimento dessas agremiações, concluindo com uma exposição, em novembro, com essas imagens, depoimentos, pesquisas históricas, para fortalecer essa história.
O que se projeta para o Carnaval dos próximos anos? A senhora acha que vai voltar a ser o que era, ou ainda melhor, em Caxias do Sul?
É o que esperamos. Que a gente possa justamente retomar gradativamente, construindo coletivamente com as comunidades, para que se encontrem os melhores caminhos para que a gente possa, com segurança, retomar essa atividade, que não é só uma festividade do Carnaval, mas toda uma valorizaçao das comunidades, de desenvolvimento econômico, para que se tenha a oportunidade para as pessoas terem uma renda no Carnaval.
Por que se optou em realizar o Carnaval no dia 4 de março e por que na Rua Plácido de Castro?
Nós justamente fizemos numa data posterior ao Carnaval para não concorrer com os blocos, para que a gente pudesse fazer uma organização mais tranquila. Mas a gente pensa em fazer numa data anterior ao Carnaval no ano que vem. Como são vários blocos que movimentam muitas pessoas, temos que pensar na questão da organização, da mobilidade urbana, na segurança... Então, toda essa construção foi feita em conjunto com os blocos para que a gente possa passar o Carnaval com tranquilidade, onde todos possam participar tendo as suas necessidades atendidas.
Além dessa estrutura, a prefeitura colabora de que formas? Há parcerias com esses blocos?
Não é feito nenhum repasse financeiro. O apoio, a logística toda, envolve muito as secretárias. Digamos que a prefeitura é o elemento que une as pontas para que tudo aconteça de forma tranquila. Então isso envolve desde a Secretaria do Meio Ambiente, a Codeca, a Segurança, Secretaria de Trânsito, Esporte e Lazer, Secretaria da Saúde... Todos estão envolvidos, procurando dar suporte para que tudo flua com tranquilidade. Desde a limpeza dos dias de movimentação até a segurança, toda a prefeitura está envolvida para que tudo aconteça da melhor maneira possível. Esse é o suporte que a prefeitura dá, para que as coisas possam acontecer em toda a estrutura necessária e organizando e atendendo as demandas dos blocos e das comunidades. No dia 4 (de março), com o encontro de bambas, a secretaria entra com a estrutura e a própria organização dos encontros prévios com as agremiações, contratações de alguns profissionais da música para dar suporte ao evento, atendimento às crianças com brinquedos e atrações infantis, além do atendimento de banheiros químicos e a segurança do movimento. Então é uma movimentação bastante intensa da prefeitura, realmente investindo nessa retomada e no suporte aos blocos que estão crescendo e se estruturam mais a cada edição, inclusive, se tornando uma referência na região, o que é muito positivo para a cidade, porque desenvolve a economia e o turismo.