Desde o dia 15 de janeiro, a família proprietária do Caminhos do Morango, estabelecimento turístico de Vila Seca, no interior de Caxias do Sul, buscava encontrar o paradeiro da capivara Nicanor, considerada de estimação. A resposta veio um mês após o sumiço do animal, nesta quinta-feira (16), com a conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o caso e a identificação de três suspeitos.
De acordo com o delegado titular da Terceira Delegacia de Polícia, Edinei Marcio Albarello, dois adultos vão ser indiciados por caça ilegal de animal silvestre e corrupção de menor, já que o terceiro suspeito é um adolescente de 17 anos. Para ele foi instaurado um procedimento de apuração de ato infracional de caça ilegal, segundo o delegado.
Albarello não divulgou informações sobre como as investigações identificaram os suspeitos do crime, mas afirma que cerca de 10 pessoas foram ouvidas, entre testemunhas e suspeitos. Não foi apreendido armamento e nem a carcaça do animal.
A caça de capivaras é ilegal e a pena pode chegar a um ano de prisão, segundo o delegado. Já o crime de corrupção de menores varia de um a quatro anos de reclusão.
O desaparecimento da capivara Nicanor causou comoção nas redes sociais, já que era dócil com os visitantes e muito querida pela família dona do local. Apesar de estar livre na natureza, Nicanor visitava diariamente a propriedade desde abril de 2021.
O desaparecimento
A capivara sumiu no dia 15 de janeiro, após sair do pátio da empresa, hábito que costumava ter, por viver solta na natureza. No dia 16, Elisana Stumpf, sócia-fundadora do estabelecimento e quem tinha forte ligação com o bichinho, relatou que ouviu um tiro. Na terça-feira (17) de manhã, ela foi procurar Nicanor e encontrou uma poça de sangue próximo ao açude de um vizinho. A família que cuidava de Nicanor registrou boletim de ocorrência no dia 22 de janeiro.