Os 1.150 alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Catarina, em Caxias do Sul, não retornam às aulas presenciais nesta quarta-feira (3), como era previsto antes. De acordo com a direção, a RGE não ligou a energia do colégio, o que impossibilita a volta dos estudantes. O prazo anterior era previsto pela 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), já que as obras de reparos na fiação elétrica da instituição foram finalizadas. Na última quarta-feira (27), foram furtados dois metros de fios subterrâneos que deixaram a escola às escuras.
Inicialmente foi previsto que seriam necessários cerca de 40 dias para que os reparos fossem realizados, ou seja, os alunos retornariam para a instituição apenas em setembro. Esse período foi considerado para que a instituição fizesse o levantamento dos prejuízos, realizasse orçamentos e encaminhasse pedido de recursos para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). As aulas no Santa Catarina, nesta segunda (1°) e terça-feira (2) ocorrem de forma online.
Entretanto, segundo a titular da 4ª Coordenadoria Regional de Educação, Viviane Devalle, a instituição tinha recursos em caixa que puderam ser destinados para essa obra sem que fosse necessário passar pelos trâmites burocráticos de solicitar os recursos ao Estado.
Com os recursos disponíveis, as obras de reparos na fiação foram contratadas e finalizadas nesta segunda-feira. A Rio Grande Energia (RGE), concessionária responsável pela energia elétrica, foi acionada para fazer a ligação da luz e deu um prazo de 24 horas para restabelecer o funcionamento do prédio. Por isso, Viviane acredita que as aulas poderão retornar ainda nesta quarta-feira.
O prazo é o mesmo da diretora da escola, Flavia Schefelbanis:
— Caso a energia seja religada hoje (terça), podemos retornar com as aulas normais a partir de amanhã (quarta).
Durante esse período de 40 dias, prazo inicialmente previsto para o reparo dos fios e retorno para a escola, os alunos teriam aulas pela internet. A falta de luz na escola do bairro Santa Catarina impossibilitava, por exemplo, o funcionamento da portaria, do sistema de câmeras de segurança e dos televisores instalados em cada sala. Além disso, não havia como realizar as impressões, que são fundamentais para as aulas.
Esse caso de furto de fios na Escola Santa Catarina não foi isolado. No final de semana, outras duas escolas estaduais em Caxias também tiveram fiação elétrica furtada, a João Triches, no bairro Pio X, e a Escola Abramo Eberle, no Cristo Redentor.
Segundo a coordenadora da 4ª CRE, essas instituições não tiveram que interromper as aulas, apenas reorganizar os estudantes que voltaram das férias nesta segunda-feira.
— Infelizmente as escolas viraram alvo desse tipo de ação. Foram três nos últimos dias e isso nos causa, além de prejuízo financeiro, um problema para os alunos. Acabamos tendo que interromper as atividades, tem que fazer toda uma movimentação dentro da escola e isso, sem dúvida, provoca transtornos — afirma Viviane.
A 4ª CRE realiza agora um levantamento para apontar quais os investimentos necessários na escola João Triches e na Abramo Eberle para fazer os reparos.