Reconhecido pela dedicação à educação em Farroupilha, o professor Raul Bampi morreu nesta quarta-feira (29) aos 77 anos. Ele está sendo velado na capela A do Memorial São José de Farroupilha e será sepultado às 16h30min no Cemitério Público Municipal.
Bampi tinha graduação em Matemática e especialização em Matemática e Aplicação. Lecionou no CNEC, na Escola Estadual Farroupilha e na Escola Estadual São Tiago. Foi também o primeiro diretor do campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS) de Farroupilha, entre 1993 e 2010 —, ele já era professor da instituição, onde se formou, desde 1977.
Colega de Bampi a partir de 2004, Fernanda Maria Francischini Schmitz, atual diretora do campus Farroupilha, lembra ter ingressado na universidade a convite dele para estar à frente do curso de Direito. O perfil acolhedor e agregador era uma marca do professor, diz Fernanda:
— Ele era muito gentil, talvez a pessoa mais gentil que eu já conheci. Era muito parceiro, muito engajado, muito dedicado à universidade. Não tinha um dia em que a gente chegasse no trabalho e ele não estivesse lá, era muito presente.
Mesmo aposentado, Bampi mantinha a relação com a UCS e visitava os colegas frequentemente. Em 2018, o auditório do Campus Universitário de Farroupilha recebeu seu nome.
— Em 1993, com o projeto de regionalização da Universidade de Caxias do Sul, que talvez tenha sido o maior projeto social que a região já teve, foi implantado o Núcleo Universitário de Farroupilha, hoje Campus Universitário, quando fui nomeado diretor da unidade, permanecendo até dezembro de 2010 — disse Bampi à época da cerimônia de homenagem.
O professor também foi vereador pelo PP em Farroupilha de 1997 a 2000, na mesma legislatura de Roque Severgnini (PSB). O parlamentar lembra que Bampi era da bancada de situação enquanto ele estava na oposição, porém, sempre manteve respeito pelos adversários políticos.
— Sempre foi do bem, do bom debate. Era conciliador. Tinha uma visão diferente da nossa, mas o debate era sempre no campo democrático. Era habilidoso, sempre tentava compor. Era educado, culto e fino — elogia o vereador.
Bampi deixa a esposa Vera, os filhos Rodrigo, Raquel e Rocheli, e um neto.