A forte chuva que atingiu a Serra neste final de semana provoca transtornos em cidades da região. Com a cheia dos rios das Antas e Carreiro as pontes entre Cotiporã e Bento Gonçalves e entre Cotiporã e Dois Lajeados estão submersas.
Com os dois acessos bloqueados para acessar Cotiporã, os motoristas precisam deslocar por Veranópolis e por Fagundes Varela. A ponte entre a cidade e Bento Gonçalves, no Rio das Antas, liga uma estrada intermunicipal com a RS-431. A alternativa para quem quer sair ou chegar em Cotiporã é seguir pela BR-470 até Veranópolis e, depois, acessar a ERS-359 até Cotiporã. O acesso só será liberado quando o nível do rio baixar.
A ponte que liga Cotiporã e Dois Lajeados, no Rio Carreiro, também está interditada desde a tarde de domingo (29). Segundo a prefeitura, a estimativa é que a água baixe já nessa segunda-feira (30), caso a chuva perca a intensidade, permitindo a passagem de veículos assim que o volume recuar.
Em Guaporé, a passagem sobre o Rio Guaporé, que liga o município a Anta Gorda, também está interditada em função da cheia. A estrutura é a principal ligação entre os dois municípios, que ficam a 25 quilômetros um do outro via RS-441, trecho de chão batido da rodovia. A outra opção entre as duas cidades é via RS-129, passando por Encantado e RS-332, o que aumenta o deslocamento em cerca de 70 quilômetros.
As pontes haviam sido interditadas no começo do mês, em 1º e 2 de maio, quando uma forte chuva atingiu a região serrana. A liberação ocorreu quatro dias depois. Naquela ocasião, além das pontes em Cotiporã, Bento Gonçalves e Guaporé, os acessos em Bom Jesus, Muitos Capões e São José dos Ausentes também foram interditados.
Uma das passagens atingidas naquele período, a ponte das Goiabeiras, no Rio Pelotas, que é principal ligação entres as serras gaúcha e catarinense, passando pelas cidades de Bom Jesus e São Joaquim (SC), está interditada desde o dia 2 de maio. Isso porque parte da estrutura foi levada pela décima vez pela força da água do rio que teve o volume aumentado pela chuva que atingiu a região dos Campos de Cima da Serra. Ainda não há data para reconstrução.