O começo do ano letivo será de mudança para os 324 alunos da Escola Municipal João de Zorzi, do bairro Centenário. Carente de reformas há mais de 10 anos, a escola finalmente será salva com obras de revitalização.
Uma intervenção do Ministério Público acelerou o processo no início deste ano, pois a atual estrutura não tinha mais condições de abrigar os alunos. Segundo a secretária de Educação, Sandra Negrini, o poder público municipal era responsável há anos por realizar as benfeitorias na instituição.
— Dessa vez ela foi priorizada, pois nosso governo a classificou na categoria de "gravidade", a mais alta entre as de "urgência" e "necessidades", como foram divididas as demandas no início da atual gestão.
Dessa forma, a escola de Ensino Fundamental entra no primeiro lote das instituições a passarem pelo processo de adequação do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI). Além do PPCI, serão feitos o parquinho, o refeitório e a cobertura da entrada, com um investimento que deve ultrapassar os R$ 3 milhões.
A previsão de entrega das melhorias é para o final de 2022, o que significa que os alunos irão passar todo o ano letivo distante da escola onde estão matriculados. Ainda segundo a secretaria municipal de Educação, os alunos da manhã estudarão no prédio da Faculdade Anhanguera, no Desvio Rizzo, que firmou parceria com a prefeitura e, os da tarde, na Escola Evaristo de Antoni, no bairro São José.
Em reformas durante todo o ano, a escola servirá como ponto de encontro dos alunos para o transporte aos locais provisórios. Para o vice-diretor do turno da manhã, José Ramiro Alvez da Silva, a logística será uma novidade, mas, ao fim das obras, o improviso será recompensado.
— Os ônibus contratados pela prefeitura vão partir da Escola João de Zorzi com destino às escolas que passam a abrigar os alunos e, ao fim dos turnos, o mesmo ônibus os recolhe e os trás de volta à João de Zorzi. Vamos distribuir crachás para organização dos alunos e no próximo ano letivo eles encontrarão uma nova escola, totalmente reformada.
Além de novos banheiros para a sala dos professores e para os alunos com necessidades especiais, outra estrutura contemplada pela reforma é motivo de alívio para a comunidade escolar. Até então, o entorno da escola nunca havia sido delimitado, com um muro por exemplo.
— Qualquer um entrava e saía a hora que bem entendesse — explicou o vice diretor.
Na próxima semana, uma reunião com os pais está prevista para deixar todos a par da nova realidade escolar da comunidade.