O Sindicato das Instituições Pré-Escolares de Caxias do Sul (Sinpré) se uniu a outras entidades da área da Educação para reivindicar ao Estado uma medida que permita o funcionamento das escolas mesmo quando a região for classificada na bandeira preta do modelo de distanciamento controlado. A reivindicação foi levantada em reunião com representantes do Piratini na terça-feira (3) e, de acordo com a presidente do Sinpré, Bruna Volpato, será oficializada em documento ainda nesta semana.
De acordo com Bruna, esse pedido já foi levado ao governo federal, mas agora será feito de maneira emergencial ao Estado. Mesmo com todo o RS na bandeira que indica que a situação de contágio pelo coronavírus e de assistência no sistema de saúde é crítica, o Piratini havia autorizado o funcionamento das escolas de Educação Infantil e parte do Ensino Fundamental. No entanto, as instituições tiveram que fechar na segunda-feira (1º) depois de uma decisão judicial. Nesta quarta-feira (3), o recurso apresentado pelo governo estadual foi negado e o setor sofreu uma nova derrota judicial.
Mesmo com a preocupação sanitária, o Sinpré tem dito que as escolas de Educação Infantil são ambientes seguros e controlados. A orientação do sindicato é que as instituições cumpram a decisão judicial, mas Bruna diz isso já tem acarretado perdas para o setor. Segundo ela, ainda que em números baixos, tem ocorrido o cancelamento de matrículas:
— As famílias precisam procurar outras pessoas pra deixar as crianças, seja com avôs, tios, cuidadoras, mães crecheiras — destaca.
As escolas de Educação Infantil começaram 2021 com quatro mil alunos, a metade em relação ao início do ano passado.