A triagem e o atendimento de pacientes na tenda montada em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, em Caxias, foram alvo de reclamações nesta semana, o que motivou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a se posicionar sobre o assunto.
Na tarde de quinta-feira (18), a espera chegou a quase seis horas. Para não ficarem expostos à chuva que caiu no começo da tarde, os pacientes foram orientados a fazer uma fila em formato de "S" dentro da tenda. Contudo, eles relataram que pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19 se misturavam a outras com quadro suspeito da doença no local.
Procurada, a SMS informou, nesta sexta-feira (19), que segue as medidas de segurança da Vigilância em Saúde. A pasta afirma que todas as pessoas com sintomas respiratórios, sejam confirmadas ou suspeitas, são recebidas inicialmente na tenda, respeitando os protocolos de distanciamento e assepsia entre os atendimentos.
Conforme a SMS, a média de atendimentos na tenda ficou estável entre os meses de novembro e janeiro. Desde novembro, a média de atendimentos diários de pessoas com síndromes gripais não baixa de 100. Fevereiro, no entanto, já registra uma média de 108 ao dia. Neste mês, de acordo com a SMS, também tem ocorrido o aumento da gravidade dos quadros clínicos atendidos na tenda, assim como o aumento de pacientes de faixas etárias mais baixas.
Tenda é para quadro de saúde agravado
A secretaria destaca que o primeiro atendimento de pacientes com sintomas respiratórios deve ser na Unidade Básica de Saúde (UBS). Os sintomas elencados pela SMS são: tosse, coriza, dor no corpo e de cabeça, febre e falta de ar. Quem deve ir à tenda são os pacientes que tiveram os sintomas agravados após consulta na UBS, ou que, por algum motivo, não conseguiram atendimento nos postinhos.
Na tenda, segundo a prefeitura, atuam um pediatra e dois clínicos gerais para atendimento de pacientes adultos. Uma vez que os intervalos entre os profissionais são cobertos por escala, o atendimento funciona 24 horas, com o quadro completo dos médicos. Nos consultórios internos da UPA Central, a prefeitura afirma que são sempre três clínicos gerais para adultos e dois pediatras, além de outros médicos na observação e na sala vermelha. A única alteração na UPA é que, à noite, fica apenas um pediatra.
Ao chegar na tenda, o paciente é identificado, triado pela enfermagem, passa por atendimento médico e, se houver indicação, faz coleta para exame de covid-19. Conforme avaliação médica, a pessoa pode receber alta, ser encaminhada para realização de exames complementares, ficar em observação dentro da UPA ou, ainda, ser levada para internação.