O balanço da Emater Regional aponta que nove propriedades dos municípios de Antônio Prado, Campestre da Serra e Flores da Cunha foram fortemente afetadas pelo granizo que atingiu a Serra na tarde de quarta-feira (11). Segundo a agrônomo do órgão, Enio Todeschini, os dados compilados, nesta sexta-feira (13), somam pelo menos 250 hectares de plantação prejudicados, principalmente de uva e pêssego.
Mesmo com as perdas, o fato é considerado um evento localizado.
—Foi um evento que atingiu áreas pequenas. No geral, foi um evento localizado e pontual que não interfere muito no volume de produção da região que tem alta produção de fruticultura — diz.
O agricultor Célio Giequelin, 45, da comunidade de São Manoel, em Campestre da Serra, afirma que os prejuízos serão consideráveis.
— Calculamos ter perdido cerca de 60% do cultivo de uva e uns 30% de amoras pretas —diz.
De acordo com a Emater, estragos em Flores da Cunha chegaram a 85 hectares. Em Campestre da Serra, pelo menos 25 hectares foram afetados enquanto Antônio Prado teve 140 hectares de área afetada com destaque para outras culturas além de uva e pêssego como: caqui, ameixa, laranja, pêssego e pimentão.
Preocupação para os próximos meses
A previsão de falta de chuva para os meses de novembro e dezembro é um complicador para a agricultura.
— Outubro não ter tido chuva não é tão preocupante quanto será para os próximos meses quando há o enchimento do fruto, plantio de grãos e produção de pastagens para o rebanho leiteiro — explica
De acordo com a Emater, em outubro do ano passado, choveu mais de 300 mm de água enquanto, neste ano, o volume de chuva não chegou a 80 mm no mês passado. A safra da uva 2019/2020 teve um impacto de 18% na Serra por conta da estiagem.